quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ano violento!

Estamos entrando em um novo ano e deixando para traz muita violência no trânsito. Só na cidade de Cuiabá, 2007 se vai com aproximadamente 250 mortos em atropelamentos e acidentes de trânsito. Somando-se as vítimas fatais nas cidades e rodovias de todo o país, cerca de 35 mil pessoas perderam a vida por causa do trânsito violento.

É como se 175 Boeings ou Airbus lotados tivessem caído e matado todos os passageiros. Triste realidade! Ano após ano os números da violência no trânsito estão em crescente evolução.

Fala-se muito em educação para o trânsito, porém muito pouco foi feito executá-la. Os principais ‘defensores’ da falada educação para o trânsito, geralmente políticos e apresentadores de televisão sensacionalistas, são na verdade fanfarrões com discurso eleitoreiro e constantemente são vistos cometendo infrações de trânsito. Que exemplo!

Para os técnicos e estudiosos da área, somente a aplicação do chamado ‘tripé do trânsito’, engenharia, educação e fiscalização, trará resultados positivos no trânsito e transporte. Em todas as cidades desenvolvidas, ricas, com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), enfim boas para viver, é aplicado o tripé. E o resultado é fantástico, fluidez e baixo índice de acidentes e vítimas.

A engenharia garante a fluidez e a segurança nas vias, a educação para o trânsito é aplicada desde o início da vida escolar e é levada a sério por todos, enfim a fiscalização é rigorosa e as infrações são punidas com altas multas, perda do documento de habilitação e em muitos casos com a prisão. Só para citar alguns exemplos, nos Estados Unidos da América, nos últimos meses vimos a prisão de Mel Gibson, Paris Hilton, Mike Tyson, entre outros, todos em comum tem a fama, o dinheiro (muito) e os dias na prisão, por cometer infração de trânsito.

Eu, particularmente, sou um defensor da fiscalização intensa nas ruas e avenidas de Cuiabá, não só com autuações, mas com aplicação das medidas administrativas previstas no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) como a remoção e apreensão de veículos, suspensão e cassação do direito de dirigir, entre outras. Não digo prisão, pois em nosso país o poder público sequer consegue colocar atrás das grades, traficantes e assassinos. Quiçá infratores de trânsito?

A aplicação de multas, remoção e apreensão de veículos infratores, apreensão de CNHs, em si já seriam medidas suficientes para intimidar e reduzir em muito o número de infrações e conseqüentemente o número de acidentes e vítimas.

Defendo também a instalação imediata de fiscalização eletrônica através de radares, lombadas eletrônicas e semáforos com câmeras nos principais pontos de conflito e velocidade de nossa cidade. Está provado que nos locais onde há esses equipamentos, a violência reduz consideravelmente. Xô infratores! Xô defensores de infratores!

Precisamos de mais ação e menos conversa, precisamos de governantes com coragem e vontade de lutar pela paz no trânsito, precisamos da mídia como aliada nessa luta e não como instrumento de defesa dos infratores e conseqüentemente, precisamos do engajamento dos usuários do trânsito.

Ressalto que o problema do trânsito não é só de engenharia, de melhorias nas vias ou de responsabilidade dos órgãos governamentais competentes, o problema é nosso, de qualquer cidadão. Nós precisamos nos conscientizar da importância de preservarmos vidas, sensibilizando motoristas, pedestres, crianças ou adultos. Precisamos rever nossos conceitos e mudar nosso comportamento, no intuito de salvarmos e valorizarmos a vida.

Esse é o caminho para 2008, usuário e poder público em busca da Paz no Trânsito.

sábado, 1 de dezembro de 2007

É hora de assumir a responsabilidade no trânsito!

Estou cansado de ouvir notícia de acidente de trânsito e a interminável busca pelos responsáveis. Sempre a mesma história, todos querendo achar um culpado, e sempre a mesma acusação: o culpado é a prefeitura ou o governo estadual, porque não cumpriu sua parte, não sinalizou a rua, não colocou quebra-molas, semáforos...

Oras, é lógico que o poder público tem que cumprir seu papel como gestor do trânsito, mas mesmo que não o faça, isso não habilita o motorista a cometer barbaridades no trânsito, em nome da ausência do estado.

Todos já ouviram falar em 'direção defensiva'. Mas o que é isso mesmo? Vamos relembrar as aulas da escolinha do Detran? Direção defensiva é um estilo de pilotagem onde o motorista tem especial preocupação com a segurança, não só em relação à sua condução, mas como a de terceiros. Um motorista que dirige defensivamente consegue prever o erro dos outros dando tempo para correções, dessa forma evita o envolvimento em acidentes e diminui consideravelmente o cometimento de infrações e conseqüentemente, acidentes.

Simples não? Todos devemos praticar a direção defensiva, assim evitamos acidentes, vítimas e mortes. Mas infelizmente nem todos tem essa capacidade de discernimento e acabam provocando acidentes e muitas vezes, mortes de inocentes.

Constantemente, acontece acidentes em cruzamentos da capital. Cruzamentos semaforizados, cruzamentos sinalizados ou não, em todos os casos exige muita atenção do motorista. Mesmo em cruzamento sinalizado, o motorista deve ter cautela ao cruza-lo, pois se o fizer sem parar e o veículo que estiver em sentido oposto fizer o mesmo, a colisão pode ser inevitável e as conseqüências desastrosas. Afinal, um corpo não ocupa o mesmo lugar no espaço.

Passados mais de 10 anos do novo código de trânsito brasileiro, já está na hora do motorista assumir suas responsabilidades no trânsito. E, praticar a direção defensiva é o mínimo que se espera de um cidadão consciente.

Portanto, siga os macetes da direção defensiva: Se não sabe não faça; Se tiver dúvida não faça; E se não precisar fazer, também não faça.

Motorista, dirija sempre com atenção. Jamais pense que um veículo faz parte de você. O veículo é um equipamento, uma máquina que responde ás leis da física e é muito mais forte e pesada que um ser humano.