sábado, 30 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Violência sobre 2 rodas

MT ocupa quarta posição nacional em mortes de motociclistas. Dado é do ‘Mapa’ deste ano e aponta 13,6 óbitos a cada 100 mil

RENÊ DIÓZ

Como se não bastasse a colocação de segundo trânsito mais violento do país, Mato Grosso é o estado com a quarta maior taxa de mortalidade de motociclistas no trânsito, segundo dados complementares da pesquisa Mapa da Violência 2011. Realizado pelo Instituto Sangari, o levantamento com base no ano de 2008 aponta, no trânsito mato-grossense, uma proporção de 13,6 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Neste ranking da mortalidade de motociclistas, Rondônia aparece em primeiro lugar, com 15 mortes para cada 100 mil habitantes. A proporção seguinte foi a registrada no estado do Piauí, com 14,7. Em seguida, a proporção de Roraima fica pouco acima da mato-grossense, 13,7 óbitos para cada 100 mil habitantes.

A sequência da lista fica por conta do Tocantins, com taxa de 13,4. Embora esteja na quinta colocação no ranking de mortalidade de motociclistas, o Estado vizinho foi apontado como com o trânsito mais violento do país, com 35,6 óbitos para cada 100 mil habitantes (considerando acidentes com todos os tipos de v veículos).

Mato Grosso é o segundo neste ranking geral, com taxa de 35,5. De acordo com o estudo, os acidentes com motocicletas foram responsáveis pelo incremento do número de vítimas no trânsito em todo o Brasil entre 1998 e 2008. As certidões de óbitos revelaram um aumento de 23,9% no número de fatalidades.

Em Mato Grosso, difícil é não relacionar tal aumento de acidentes com o crescimento insustentável da frota de motocicletas. Os dados mais antigos disponibilizados pelo site do Detran são referentes à frota de 2004 e, na comparação com os dados preliminares de 2011, já apontam um aumento de 136% no número de motos.

Já o diretor de Habilitação do órgão em Mato Grosso, Eugênio Destri, aponta a imprudência como fator essencial do cenário violento, denunciando as “acrobacias” que os motociclistas fazem diariamente no trânsito, sem a devida punição, como transitar entre os veículos. “Eles geram risco para eles mesmos. É a consciência do cidadão que tem que ser trabalhada”, argumenta.

Destri informa que atualmente uma comissão interna do Detran estuda aumentar as exigências curriculares dos cursos de formação de condutores em prol da segurança no trânsito. Já o diretor do Samu, Daoud Abdallah, estimou que, dos casos de fratura atendidos no trânsito em Mato Grosso, até 40% referem-se a acidentes com motocicletas – veículos que, depois dos pedestres, são os mais vulneráveis no tráfego.

Tais acidentes também costumam gerar fraturas mais graves, mas o Samu não dispõe de informações sobre os casos que, depois de encaminhados às unidades de saúde, tornam-se óbitos.

Fonte: Jornal Diário de Cuiabá

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Artigo - Os desafios do trânsito em Cuiabá

Segundo o último relatório divulgado pelo Detran/MT, no final do primeiro trimestre de 2011, Cuiabá já conta com uma frota de mais de 290 mil veículos. Em poucos meses chegaremos aos 300 mil veículos, isso contando apenas os licenciados na Capital, fora aqueles de outros municípios e estados que aqui circulam diariamente.

Esse crescente aumento da frota é reflexo da estabilidade financeira e crescimento econômico, que reflete no crescimento das cidades e consequentemente a superlotação das ruas.

A um bom tempo Cuiabá já apresenta problemas sérios no trânsito como lentidão e congestionamentos, transporte coletivo precário com ônibus obsoletos e sempre lotados, motoristas apressados, pedestres desatentos, calçadas sem condição de circulação. Sem contar o problema da falta de vagas de estacionamento nas áreas de comércio e bancos. Esses fatores acabam tornando o trânsito cada vez pior e mais violento.

Some-se a isso a falta de educação e a irresponsabilidade de boa parte dos motoristas, a ausência de fiscalização eletrônica, a pouca fiscalização humana e como resultado teremos o que se vê em nossas ruas e avenidas no dia-a-dia. Um caos! Condutores de automóveis falando ao celular enquanto dirigem, sem cinto de segurança, avançando sinal vermelho sem a menor cerimônia, estacionando sobre calçadas, em vagas especiais de idosos e PNE, sobre as calçadas e canteiros, entre inúmeras outras irregularidades.

A situação é mais grave com os motoqueiros, pois seus veículos, menores e mais ágeis, são também muito mais frágeis. Um pequeno acidente pode deixar seqüelas e até ser fatal.

A pouca instrução e a facilidade em se adquirir a CNH, é responsável pelas barbaridades que presenciamos diariamente nas ruas por parte destes condutores de motocicletas.

São comuns os flagrantes de motoqueiros ‘pulando’ canteiro central, transitando pelas calçadas, avançando sinal vermelho, sem capacete ou com o mesmo mal colocado, transportando crianças sem proteção, crianças menores de sete anos, enfim, uma infinidade de transgressões ao código de trânsito brasileiro.

Resumindo, com o aumento da frota e o conseqüente trânsito caótico e violento, é preciso que haja, através da conscientização, uma mudança de comportamento do motorista. Bem como se faz necessária a ação do poder público, através da aplicação do chamado tripé do trânsito, que é baseado em ações de engenharia, educação e fiscalização, principalmente.

Portanto, torcemos para que a Prefeitura de Cuiabá, através de projetos e estudos técnicos, estude a possibilidade da volta da fiscalização eletrônica. Será a vitória do bom senso na luta contra a impunidade no trânsito.



Silvio Furtado de Mendonça Filho

segunda-feira, 11 de abril de 2011

2014 - Será que vamos perder o bonde da história?


Grandes oportunidades aparecem poucas vezes na vida. Para individuos ou para sociedades a máxima é a mesma: A oportunidade é uma mulher que só tem cabelos na frente da cabeça e é calva pelas costas; só se pode agarrá-la de frente, se passou por você já era!

2014 representa uma janela de oportunidade para o Brasil e para as cidades sede dos jogos da Copa. Uma chance sem par de conseguir recursos para sanar velhas deficiências e de até dar uma guinada na direção da modernidade.

Para Cuiabá o montante de investimentos carreados para sediar a copa é a esperança de mudanças principalmente no malfadado trânsito da capital. Olhe que ainda não chegamos aos escatológicos congestionamentos da grande São Paulo, e isso já é um consolo...

Contudo, as decisões sobre como gastar os recursos que a copa proporciona tem sinalizado que, por aqui, trilharemos os mesmos caminhos da capital paulista com grandes obras de "mobilidade" como túneis, viadutos e trincheiras visando aliviar os congestionamentos que teimam em atazanar a vida do condutor cuiabano.

Essa dita "mobilidade" está sendo pensada aqui apenas para aqueles que possuem um automóvel ou veiculo motorizado. Será que aqueles pobres desassitidos que não podem comprar um carro ou moto, ou que optaram por outra forma de transporte não podem desfrutar da mobilidade?

O plano da agecopa vai na contramão de tudo o que entendemos como mobilidade sustentável. Nossa capital já foi conhecida como a Cidade Verde, título esse que há tempos já não faz jus. Há tempos já não se vê o verde tomando conta da capital, pois além da ação de vândalos que continuamente depredam as mudas que a prefeitura insiste em plantar nos corredores da cidade, agora em nome da modernidade exigida para sediarmos a copa vamos também estreitar calçadas e canteiros centrais para abrigar novas faixas de trânsito, para o BRT e para os carros.

E o pedestre? E onde vamos plantar árvores para amenizar o mítico calor de Cuiabá?

Ah, Alguém ja ouviu falar em alguma obra para o ciclista?

Sustentabilidade é a palavra que define algo que á longo prazo pode ser mantido sem grande despêndio de recursos. O projeto inicial para candidatura á sub-sede do mundial de 2014 previa novos meios de transporte, com um moderno VLT que ligaria Várzea Grande a Cuiabá, movido com energia limpa (biodiesel ou eletricidade), integrando duas cidades que formam uma metrópole, cidades irmãs que compartilham das mazelas do trânsito e dos efeitos desastrosos de uma administração equivocada.

Mas que podem se beneficiar á longo prazo de decisões acertadas a serem tomadas agora, na opção pela mobilidade inclusiva em que ciclistas e pedestres também sejam considerados, em que a cidade seja projetada para abrigar confortávelmente seus habitantes, e , em que os problemas coletivos sejam solucionados pensando coletivamente e não individualmente em um eventual atalho.

Estes investimentos deveriam se prestar a preparar a região para ser o portal de entrada do pantanal e da amazônia realizando assim a vocação do Mato Grosso para o turismo, essa industria que é capaz de dar uso á infraestrutura demandada pelo mundial. Diversificar o modal de transporte, humanizar a cidade, desenvolver potencialidades, poupar o meio ambiente e, também vidas humanas hoje estupidamente perdidas na violência do trânsito.

O problema do trânsito só pode ser resolvido se buscarmos a sua causa. E a causa do caos no trânsito não se encontra nele mesmo. A causa está localizada em decisões obsoletas para o transporte coletivo das massas. Ninguém deseja se locomover de ônibus no Brasil, e, quando digo ninguém não é mera figura de linguagem. Basta ver a debandada dos passageiros do transporte coletivo para as soluções individuais como a motocicleta e os carros, hoje acessíveis em parcelas que cabem no orçamento do povão, reflexo do bom momento do país.

Parece atrativo abandonar o G.O.L. - Grande Ônibus Lotado, ou para muitos G.O.L.F. - Grande Ônibus Lotado e Fedido por um agradável veiculo com cheirinho de novo, sinônimo da libertação do aperto desconfortável, das filas, da incerteza de chegar á tempo que é a marca registrada do BUSÃO.

sábado, 9 de abril de 2011

IN TRANSITU: Carros não têm direito à privacidade

IN TRANSITU: Carros não têm direito à privacidade: "As placas nos veículos são obrigatórias. A lei não autoriza a circulação de veículos sem elas. Em outras palavras, todo mundo que assume usa..."