O Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro define calçada como “parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”, define, também, passeio como “parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e excepcionalmente, de ciclistas”.
É comum as calçadas de Cuiabá serem utilizadas como estacionamento de veículos. Seja em frente de lojas, supermercados, farmácias, bancos, órgãos públicos. Até a calçada do Batalhão do Corpo de Bombeiros é utilizada como estacionamento. Pasmem!
Dias atrás ao fazer minha caminhada diária, mudei meu trajeto e resolvi passar pela Avenida Carmindo de Campos. O que é aquilo? Aquela avenida é um caos. Calçada por lá é estacionamento mesmo. Tem motoqueiros e até carros que chegam a transitar pela calçada... E onde fica o pedestre que deveria ser o personagem principal desse pedaço da via?
Fiz um pequeno percurso pela referida avenida, fazendo zigue-zague entre dezenas de veículos que encontrei pela frente e por fim desisti. Poderia a caminhada ser um momento de reflexão, mas é muito mais de defesa pessoal. Caminhar é correr riscos. A dificuldade que encontrei foi imensa e na primeira ‘aventura’ entreguei os pontos. Imagina se fosse um cadeirante ou uma mãe com um carrinho de bebê que obrigatoriamente tivesse que fazer aquele percurso todo dia?
Retornei ao meu percurso costumeiro, bem mais tranqüilo, pelas pistas da UFMT. Ao passar ao lado do zoológico e feliz por estar num local onde as pessoas ‘ainda’ respeitam os pedestres, lembrei de um desenho animado (da época em que esses filmes tinham menos violência e mais humor) estrelado pelo Pateta. Com aquele jeito bonachão, boa-praça e simpático, ele se transformava imediatamente em um monstro ao sentar ao volante, vendo nos outros carros e nos pedestres seus eventuais inimigos. No desenho o trânsito era tão caótico que ele precisava se ‘encaixar’ no fluxo ao entrar na via. Alguma diferença em relação ao que vivemos hoje?
O motorista ao entrar no carro torna-se egoísta e perverso. É preciso ter consciência que todo motorista em algum momento também é pedestre. Aliás, para humanizá-lo, eu sugeriria que pelo menos uma vez na vida todo mundo fizesse a pé o trajeto que percorre de automóvel da casa para o trabalho ou vice-versa. Seria uma forma de começar a conhecer a cidade e a nos respeitar mais, humanizando não somente o trânsito, mas a nós mesmos.
Podemos concluir que para haver uma política de trânsito séria e eficaz deve-se adotar de todas as medidas para assegurar a preservação da vida humana, sendo a calçada uma das formas de assegurar a integridade física dos pedestres. A Prefeitura tem um papel importante e não deve se abster de tomar todas as medidas para garantir um trânsito seguro nas áreas urbanas.
Algumas medidas já foram tomadas. Advertências, intimações, autuações e multas de trânsito ajudam a acelerar o processo de conscientização. Na área central podemos observar alguns estabelecimentos ‘levantando’ o meio-fio e nivelando as calçadas, antes rebaixadas e induzindo o motorista a usá-la como estacionamento.
O problema não é simples, deve ser enfrentado por todos e não esquecido. Prefeitura e Ministério Público devem se unir para garantir o direito do pedestre de ir e vir com segurança.
Neste espaço vamos discutir nossa cidade, Cuiabá, seu cotidiano, trânsito/transporte, os problemas e suas possíveis soluções. Como inserir a Bicicleta na Política de Mobilidade Urbana? Como fazer uma cidade melhor?
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Crianças no trânsito
A décadas, busca-se melhorar a segurança no trânsito com ações de engenharia, fiscalização e educação. Quando se fala nessa educação, entendemos que ela deva vir da base, ou seja, devemos educar nossas crianças para o trânsito. Pois está provado que elas têm uma percepção altamente consciente sobre o assunto.
Muitas crianças vivenciam ou vivenciaram de perto a violência do trânsito, por isso desejam que seus pais e familiares dirijam com cautela. Clamam por amor à sua própria vida e à dos outros. É comum ver os filhos corrigindo os erros dos pais ao volante.
Faz-se necessário maior empenho do poder público quanto á educação no trânsito nas escolas, sejam elas municipais ou estaduais. A disciplina ‘Educação para o trânsito’ deveria ser obrigatória em toda grade curricular do ensino fundamental, pois é a etapa inicial da educação básica envolvendo crianças e adolescentes.
É muito mais fácil ensinar á uma criança que o trânsito é o movimento de veículos motorizados, veículos não-motorizados e pedestres numa via, e que as Leis de trânsito são as leis que regem o tráfego e regulamentam os veículos, e devem ser rigorosamente respeitadas.
É também mais fácil conscientizá-las que todos motoristas também são pedestres em algum trecho de sua viagem. Se um motorista não respeitar os direitos destes também pode ter seu direito como pedestre desrespeitado.
O objetivo é capacitá-los como pedestres e ciclistas, e como futuros motoristas. E que venha a ser um cidadão que respeite a legislação e não se envolva em acidentes de trânsito. Espera-se que as lições aprendidas na escola perdurem até quando crescer e for motorista habilitado.
Eis o nosso desafio!
Muitas crianças vivenciam ou vivenciaram de perto a violência do trânsito, por isso desejam que seus pais e familiares dirijam com cautela. Clamam por amor à sua própria vida e à dos outros. É comum ver os filhos corrigindo os erros dos pais ao volante.
Faz-se necessário maior empenho do poder público quanto á educação no trânsito nas escolas, sejam elas municipais ou estaduais. A disciplina ‘Educação para o trânsito’ deveria ser obrigatória em toda grade curricular do ensino fundamental, pois é a etapa inicial da educação básica envolvendo crianças e adolescentes.
É muito mais fácil ensinar á uma criança que o trânsito é o movimento de veículos motorizados, veículos não-motorizados e pedestres numa via, e que as Leis de trânsito são as leis que regem o tráfego e regulamentam os veículos, e devem ser rigorosamente respeitadas.
É também mais fácil conscientizá-las que todos motoristas também são pedestres em algum trecho de sua viagem. Se um motorista não respeitar os direitos destes também pode ter seu direito como pedestre desrespeitado.
O objetivo é capacitá-los como pedestres e ciclistas, e como futuros motoristas. E que venha a ser um cidadão que respeite a legislação e não se envolva em acidentes de trânsito. Espera-se que as lições aprendidas na escola perdurem até quando crescer e for motorista habilitado.
Eis o nosso desafio!
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Cinto de segurança, imprescindível!
Com uma frota de dezenas de milhões de veículos no Brasil e um trânsito cada vez mais intenso e tumultuado, é inegável a importância do uso do cinto de segurança, seja para motoristas ou passageiros, independentemente da obrigatoriedade legal. Segundo o Artigo 65 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) “é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN”.Incorrer na infração, se sujeita à multa grave e retenção do veículo até a regularização do problema.
O uso do cinto de segurança nos bancos da frente já está bastante disseminado no Brasil. Mas é preciso enfatizar a utilidade e a propriedade do uso do cinto de segurança, também por parte daqueles que estejam no banco de trás.
Em um acidente, o cinto de segurança evita que você seja lançado para fora do veículo (sendo lançado para fora, as chances de morrer são cinco vezes maiores); evita que você seja lançado de encontro ao painel, ao volante ou ao pára-brisa; evita que você seja lançado de encontro a outros veículos; mantém o condutor em sua posição, permitindo, em alguns casos, que ele empreenda manobras defensivas para evitar danos maiores; em caso de colisão frontal, os passageiros que viajam no banco de trás ganham, com a velocidade, um peso muito maior do que aquele correspondente à sua massa corporal (um adulto de 70kg, dependendo da velocidade no momento do choque, pode ser projetado com força correspondente a uma tonelada de peso). Daí a importância do uso do cinto de segurança por quem viaja atrás. O funcionamento do cinto de segurança é baseado na 1ª Lei de Newton: inércia.
Cuidado especial deve ser destinado às crianças. Importantíssimo instalar assentos especiais para crianças de até 3 anos no banco traseiro. No caso de crianças maiores, cuidar para que o cinto não as machuque. Vale lembrar que apenas maiores de 10 anos podem andar no banco dianteiro.
Atualmente é evidente a preocupação com a segurança dos motoristas e passageiros. O que a estatística vêm mostrando é que o uso do cinto de segurança tem reduzido o número de ferimentos, lesões ou óbitos quando nas colisões, mesmo as de menor velocidade. O uso incorreto também é motivo de preocupação. Registros evidenciaram lesões graves e até morte causadas pelo uso incorreto do equipamento. É comum flagrar mulheres com o cinto de segurança por baixo do braço. Ou aqueles que só passam o cinto sob o corpo, sem afivelá-lo, apenas para enganar os fiscais e evitar a autuação.
Nas ruas de Cuiabá, a infração de trânsito mais comum, com certeza, é o não uso do cinto de segurança por parte de motoristas e principalmente passageiros. Necessário se faz, realizar campanhas de conscientização da população, aliado a intensificação da fiscalização.
Use o cinto de segurança, pois ele pode salvar sua vida. Pense nisso!
O uso do cinto de segurança nos bancos da frente já está bastante disseminado no Brasil. Mas é preciso enfatizar a utilidade e a propriedade do uso do cinto de segurança, também por parte daqueles que estejam no banco de trás.
Em um acidente, o cinto de segurança evita que você seja lançado para fora do veículo (sendo lançado para fora, as chances de morrer são cinco vezes maiores); evita que você seja lançado de encontro ao painel, ao volante ou ao pára-brisa; evita que você seja lançado de encontro a outros veículos; mantém o condutor em sua posição, permitindo, em alguns casos, que ele empreenda manobras defensivas para evitar danos maiores; em caso de colisão frontal, os passageiros que viajam no banco de trás ganham, com a velocidade, um peso muito maior do que aquele correspondente à sua massa corporal (um adulto de 70kg, dependendo da velocidade no momento do choque, pode ser projetado com força correspondente a uma tonelada de peso). Daí a importância do uso do cinto de segurança por quem viaja atrás. O funcionamento do cinto de segurança é baseado na 1ª Lei de Newton: inércia.
Cuidado especial deve ser destinado às crianças. Importantíssimo instalar assentos especiais para crianças de até 3 anos no banco traseiro. No caso de crianças maiores, cuidar para que o cinto não as machuque. Vale lembrar que apenas maiores de 10 anos podem andar no banco dianteiro.
Atualmente é evidente a preocupação com a segurança dos motoristas e passageiros. O que a estatística vêm mostrando é que o uso do cinto de segurança tem reduzido o número de ferimentos, lesões ou óbitos quando nas colisões, mesmo as de menor velocidade. O uso incorreto também é motivo de preocupação. Registros evidenciaram lesões graves e até morte causadas pelo uso incorreto do equipamento. É comum flagrar mulheres com o cinto de segurança por baixo do braço. Ou aqueles que só passam o cinto sob o corpo, sem afivelá-lo, apenas para enganar os fiscais e evitar a autuação.
Nas ruas de Cuiabá, a infração de trânsito mais comum, com certeza, é o não uso do cinto de segurança por parte de motoristas e principalmente passageiros. Necessário se faz, realizar campanhas de conscientização da população, aliado a intensificação da fiscalização.
Use o cinto de segurança, pois ele pode salvar sua vida. Pense nisso!
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