Neste espaço vamos discutir nossa cidade, Cuiabá, seu cotidiano, trânsito/transporte, os problemas e suas possíveis soluções. Como inserir a Bicicleta na Política de Mobilidade Urbana? Como fazer uma cidade melhor?
terça-feira, 23 de março de 2010
Estacionamento para motos
A primeira situação que se coloca é se o motociclista estaria obrigado a utilizar apenas as vagas exclusivas, ou se continuaria autorizado a estacionar nas demais vagas, por não existir proibição expressa. A questão é que outros veículos não podem estacionar na vaga exclusiva de motos, mas as motos não estariam proibidas de estacionar em outras vagas, desde que não haja proibição expressa por meio de sinalização, ou seja, além de sinalizar as vagas exclusivas haveria necessidade de proibir em outras.
Outro detalhe interessante é a posição como a moto deve ser estacionada. Na vigência do Código Nacional de Trânsito nada havia sobre isso, de forma a concluir que naquela época não haveria irregularidade em estacionar uma moto paralelamente à guia. Atualmente o § 2º do Art. 48 do CTB prevê que o estacionamento de veículos de duas rodas é feito perpendicularmente à guia da calçada, porém não há nada que determine que seja a roda dianteira ou traseira aquela que estará junto à guia, possibilitando ao motociclista tanto estacionar de ré e sair de frente (como tradicionalmente é feito) quanto de forma contrária.
A regra vale para veículos de duas rodas, quais sejam, motocicletas, motonetas e ciclomotores, enquanto que triciclos, quadriciclos, ou mesmo motocicletas com side-car , por possuírem mais que duas rodas, seguirão as regras dos veículos de quatro rodas, paralelamente à guia e voltado para o sentido do fluxo. Quaisquer exceções a essas regras deverão ser devidamente sinalizadas, valendo nesse caso a sinalização específica.
MARCELO JOSÉ ARAÚJO – Advogado e Consultor de Trânsito - Professor de Direito de Trânsito da UNICURITIBA
segunda-feira, 15 de março de 2010
Preço do álcool começa a ceder, mas só é vantajoso em 3 Estados
Depois de um aumento generalizado no fim do ano passado, o preço do álcool começa a ceder, mas ainda perde em competitividade para a gasolina na grande maioria do território nacional. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 28 de fevereiro e 6 de março, é vantajoso abastecer veículos flex com etanol apenas em Mato Grosso, Sergipe e Goiás.
Nos demais Estados, a diferença entre o preço da gasolina e do álcool é menor que 30% e vale mais a pena abastecer com o derivado de petróleo, já que ele tem autonomia 30% maior. Em Mato Grosso, a diferença entre os preços é de 32,81%, em Sergipe é de 32,7% e em Goiás de 31,53%. Estão perto do limite Tocantins (29,46%), São Paulo (28,58%) e Paraná (28,57%).
A pesquisa feita pela ANP leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecido pelos postos ao consumidor. O preço do álcool recuou em 18 Estados, na comparação com o último levantamento.
Como o valor do litro pode variar bastante conforme o posto, vale a pena fazer a conta antes de decidir. Por exemplo, na maior cidade do País, São Paulo, é possível encontrar álcool de R$ 1,399 até R$ 2,299 por litro, sendo a média R$ 1,784.
A conta para decidir pelo combustível é simples. Multiplique o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior que o preço do álcool, compensa abastecer com o combustível renovável. Se o valor da multiplicação for menor que o do álcool, a gasolina é mais vantajosa.
As menores diferenças entre o preço dos dois combustíveis são as verificadas no Rio Grande do Sul (9,77%), Amazonas (12,37%), Piauí (15,04%), Acre (15,11%), Maranhão (15,32%) e Espírito Santo (15,42%).
Redução de álcool na gasolina
Em vigor a partir do dia 1º de fevereiro, a diminuição do percentual de álcool misturado na gasolina é uma medida do governo para tentar aumentar a oferta do combustível renovável e estancar a alta dos preços. A medida terá vigência de 90 dias e, segundo o Ministério de Minas e Energia, aumentará a oferta de etanol em cerca de 300 milhões de l.
Para segurar o preço da gasolina, que poderia aumentar com a redução da mistura de álcool, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina, em R$ 0,08 por litro.