segunda-feira, 15 de março de 2010

Preço do álcool começa a ceder, mas só é vantajoso em 3 Estados

Depois de um aumento generalizado no fim do ano passado, o preço do álcool começa a ceder, mas ainda perde em competitividade para a gasolina na grande maioria do território nacional. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 28 de fevereiro e 6 de março, é vantajoso abastecer veículos flex com etanol apenas em Mato Grosso, Sergipe e Goiás.

Nos demais Estados, a diferença entre o preço da gasolina e do álcool é menor que 30% e vale mais a pena abastecer com o derivado de petróleo, já que ele tem autonomia 30% maior. Em Mato Grosso, a diferença entre os preços é de 32,81%, em Sergipe é de 32,7% e em Goiás de 31,53%. Estão perto do limite Tocantins (29,46%), São Paulo (28,58%) e Paraná (28,57%).

A pesquisa feita pela ANP leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecido pelos postos ao consumidor. O preço do álcool recuou em 18 Estados, na comparação com o último levantamento.

Como o valor do litro pode variar bastante conforme o posto, vale a pena fazer a conta antes de decidir. Por exemplo, na maior cidade do País, São Paulo, é possível encontrar álcool de R$ 1,399 até R$ 2,299 por litro, sendo a média R$ 1,784.

A conta para decidir pelo combustível é simples. Multiplique o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior que o preço do álcool, compensa abastecer com o combustível renovável. Se o valor da multiplicação for menor que o do álcool, a gasolina é mais vantajosa.

As menores diferenças entre o preço dos dois combustíveis são as verificadas no Rio Grande do Sul (9,77%), Amazonas (12,37%), Piauí (15,04%), Acre (15,11%), Maranhão (15,32%) e Espírito Santo (15,42%).

Redução de álcool na gasolina
Em vigor a partir do dia 1º de fevereiro, a diminuição do percentual de álcool misturado na gasolina é uma medida do governo para tentar aumentar a oferta do combustível renovável e estancar a alta dos preços. A medida terá vigência de 90 dias e, segundo o Ministério de Minas e Energia, aumentará a oferta de etanol em cerca de 300 milhões de l.

Para segurar o preço da gasolina, que poderia aumentar com a redução da mistura de álcool, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina, em R$ 0,08 por litro.

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