terça-feira, 29 de junho de 2010

O novo projeto do Estádio Verdão para a Copa de 2014

O novo projeto do estádio Verdão, agora definitivo, prevê a construção de um estádio simples e funcional. Com um projeto que foi considerado um dos melhores pela Fifa, a obra que será erguida ao lado do ginásio Aecim Tocantins, contará com um amplo complexo para visitação durante toda a semana. Parte das arquibancadas poderão ser desmontadas para que a arena ganhe mais espaço físico provisório.

A nova arena, com projeto criado pela empresa de arquitetura GCP Arquitetos de São Paulo e execução do consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior (MG e SP), vai comportar 43 mil pessoas sentadas e acomodadas para os jogos do Mundial de 2014. O projeto prevendo um estádio aberto e bem ventilado.

O estádio será de múltiplo uso, para que, depois do evento, possa ser utilizado como centro de convenções, palco para shows, feiras, entre outros. A arquitetura sofreu alterações, ficou mais moderna e com estilo europeu. As divisões serão modulares e as arquibancadas poderão ser retiradas quando se fizer necessário, uma vez que serão de blocos pré-moldados.

As mudanças foram apara aperfeiçoar o projeto, que ficou mais versátil, simples e barato. Os materiais de insumo poderão ser adquiridos em Mato Grosso e nada precisará ser importado. Houve preocupação por buscar sustentatibilidade e preservação. O projeto prevê obra com arquitetura moderna que, depois do evento, irá atender a sociedade mato-grossense.

O complexo será construído no mesmo local (não sobre) que hoje está o estádio, no bairro Verdão, e contará com restaurantes, hotéis, estacionamentos, lagos, bosque, pista para caminhada. Vai custar R$ 342 milhões. Os investimentos serão feitos com recursos do Governo estadual, que possui um fundo especifico, que conta atualmente com R$ 100 milhões, e ainda investimentos da iniciativa privada. Após a Copa, o complexo será administrado por meio de concessão, visando gerar emprego e renda.

O novo complexo do estádio Governador José Fragelli (Verdão) custará aos cofres públicos R$ 342 milhões e será executao pelo consórcio Santa Bárbara (MG) e Mendes Júnior (SP). No novo projeto prevê além arena, a construção de lojas, restaurantes, além de um parque de lazer com lago, onde as crianças poderão andar de pedalinho. A palavra chave será versatilidade. A intenção é que o complexo seja aproveitado pós-copa e a população será a maior beneficiada.
O estádio terá capacidade para 42,5 mil pessoas, porém como será feito com placas de pré-moldados poderá ser reduzido para 28 mil, atendendo assim a necessidade do futebol regional. As salas exigidas pela Fifa durante a Copa localizadas abaixo das arquibancadas serão retiradas posteriormente para transformar o espaço em um Centro de Convenção.

Estrutura


A estrutura e as especificações devem seguir as normas e regimentos da Fifa para estádios sedes da Copa do Mundo. Assim, a arena de Cuiabá deve ter um estádio, com capacidade para mais de 42.000 pessoas sentadas e terá dotação para sediar qualquer evento de porte internacional no futebol. A área prevê estacionamento para 15 mil vagas. As arquibancadas – todas cobertas e com assentos - estarão divididas em níveis. Haverão camarotes e espaço de imprensa em 108 divisões.

A exibição atende as exigências da Fifa, que é o de transformar o estádio, mas mantendo as características da Cidade Verde. A praça esportiva é de uma arquitetura arrojada, semelhante aos estádios ingleses, mas com a cara de Cuiabá, com a inclusão de áreas verdes em seu entorno. Conforme a maquete, o novo estádio será de multiuso, para grandes eventos como shows e feiras agropecuárias.

As arquibancadas atrás dos gols serão móveis, com possibilidade de serem retiradas para dar passagem para carros de grande porte, como carreta, tratores, entre outros, quando necessário em feiras. Além disso, haverão lojas, restaurantes e lago artificial no entorno do estádio.
O estádio também terá áreas específicas como business seats, tribuna de honra e camarotes VIPs. O campo de jogo prevê dimensões de 105x68 metros. Não haverá o fosso como no velho estádio Verdão. Isso permitirá maior proximidade do público com o campo e jogadores.


O novo estádio, de acordo com o projeto, terá quatro conjuntos de bilheterias com seis guichês cada, totalizando 12 guichês ao lado norte e mais 12 ao lado Sul. De acordo com o projeto, o acesso do público às arquibancadas inferior e superior, se dará por meio de 14 portões e 72 catracas eletrônicas com leitores de ingressos.

O projeto dispõe de praça de alimentação em níveis 1, 2 , 3 e 4, restaurante e bar. O estádio contará com dois postos de pré-atendimento localizados nos níveis 1 e 5, unidade clínica com 130m² e uma sala de primeiros socorros. Está previsto um sistema de som para comunicação pública, dentro e fora do estádio, com volume automático, capaz de enviar mensagens exclusivas aos setores individuais, como tribuna de honra e aos assentos restritos.

Serão utilizados dois placares telões, de comunicação eletrônica. O estádio contemplará oito áreas, de 85m² cada, com oito vagas para cadeirantes e obesos, mais oito lugares para seus respectivos acompanhantes totalizando 128 lugares disponíveis para portadores de necessidades especiais e obesos. O auditório terá uma área de 130m² e uma capacidade de 88 assentos.

Início do projeto: 2009Início das obras: Abril de 2010Conclusão: Dezembro de 2012 (prazo)Terreno: 307 mil m2Construção: 101 mil m2Demolição: 58,5 mil m2Custo da obra: R$ 342 milhõesConstrução: Consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior (MG e SP)Projeto de arquitetura: GCP ArquitetosAquitetura esportiva: Grupo StadiaEquipe de projeto: Sérgio Coelho (autor); Adriana Oliveira e Maurício Reverendo (coautores); Danilo Carvalho (coautor, Grupo Stadia, arquitetura esportiva); Alessandra Araújo (coordenação geral/ sustentabilidade)Estrutura metálica e arquibancadas e cobertura desmontáveis: Sinclair Knight Merz; Ponto de ApoioEstudo de fluxo de espectadores: Steer Davies GleaveImagens 3D: NeoramaProjeto de instalações: MHA EngenhariaProjeto de concreto e fundações: EGTCertificação Leed: CTEPaisagismo: KM KaiserLuminotécnica: AcendaComunicação Visual: Kojima


UMA ARENA VERDE, FLEXÍVEL E SUSTENTÁVEL

Ambiental, social e econômico. Este formato inovador atenderá os requisitos da FIFA e permitirá o uso pela comunidade no pós-Copa, associado a um grande parque de lazer e entretenimento. Segundo o arquiteto Sérgio Coelho, autor do projeto, a nova Arena foi planejada segundo os mais modernos conceitos arquitetônicos e urbanísticos que garantem seu uso múltiplo, assegurando a necessária sustentabilidade econômica e ambiental.

Projetada pelos escritórios GCP Arquitetos (SP) e Grupo Stadia, a concepção da nova Arena de Cuiabá para o Mundial de 2014 alia sustentabilidade, funcionalidade e custo. Uma estrutura flexível permitirá a desmontagem de parte das arquibancadas e coberturas após o torneio, reduzindo os custos de manutenção.

No entorno da Arena haverá uma praça com áreas de lazer para estimular a prática de atividades físicas e comunitárias. Uma atenção à ventilação e aos requisitos de construção sustentável orientou o projeto.

ARENA FLEXÍVEL



Para reduzir os custos de manutenção no pós-Copa, a arena foi concebida em quatro módulos independentes. A cobertura e a arquibancada superior dos setores Norte e Sul terão uma estrutura metálica desmontável. Desse modo, cerca de 30% dos 43 mil assentos da arena poderão ser removidos depois do Mundial.

“Os quatro módulos do estádio são absolutamente idênticos. A única diferença é que a estrutura da parte flexível é metálica aparafusada e o resto é em concreto pré-moldado”, afirma Sérgio Coelho. Os anéis inferiores serão permanentes para caracterizar a arena.

Os 80 camarotes serão instalados entre as arquibancadas superiores e inferiores. A ala Oeste concentrará vestiários, Tribuna de Honra e setor de Imprensa para 800 profissionais.

ACESSIBILIDADE

O novo Verdão utilizará o melhor sistema de acessibilidade e fluxo de espectadores já desenvolvido em estádios brasileiros, permitindo a entrada e saída de 43 mil pessoas com total conforto, segurança e tranqüilidade.

Os portadores de necessidades especiais (PNEs) terão todas as facilidades de acesso ao estádio e estacionamento com 75 vagas reservadas. Eles ocuparão 62 cadeiras em posição privilegiada nas arquibancadas, com espaço para 124 acompanhantes. Haverá 56 sanitários exclusivos para este público especial, nos quatro níveis da arquibancada, além de mais quatro nos restaurantes e seis na área externa, totalizando 66 sanitários para PNEs.

IMPRENSA

A Tribuna de Imprensa terá 768 lugares para equipes em mesas e 654 lugares em cadeiras, além de toda a infra-estrutura para transmissão de dados e imagens em tempo real. O Centro de Mídia vai funcionar durante a Copa no Ginásio Aecim Tocantins, onde serão instalados os equipamentos para transmissão de TV.O diretor de Comunicação e Marketing da Agecopa, Roberto França, destacou o tratamento especial reservado à imprensa no projeto, já que Cuiabá receberá correspondentes esportivos do mundo todo. “A mídia em geral terá todas as facilidades para desenvolver seu trabalho, projetando a imagem positiva de Mato Grosso para milhões de espectadores”, disse França.

VENTILAÇÃO, CONSUMO E RECICLAGEM


Segundo a coordenadora do projeto, arquiteta Alessandra Araújo, o projeto arquitetônico priorizou a ventilação do estádio, já que o verão cuiabano atinge temperaturas em torno dos 40°C. “O estádio é completamente vazado nas laterais e na cobertura. Também tentamos criar uma convexão térmica para que a diferença de temperatura propicie a circulação do ar. O canto com paisagismo favorece isso.”

A arena terá dispositivos economizadores que reduzirão em até 20% o consumo de energia elétrica do edifício. Sistemas para a captação de água pluvial e a implantação de uma estação de tratamento de efluentes também serão implantados.

O projeto recebeu o prêmio de “Melhor Projeto de Arquitetura Corporativa” do VII Grande prêmio de Arquitetura, um dos principais da América Latina. A premiação foi na quinta-feira passada (8/4), durante a feira Office Solution, na Bienal do Parque do Ibirapuera (SP). A concepção também recebeu elogios da empresa inglesa Steer Davies Gleave, parceira da Fifa que avalia os estádios brasileiros.

INTEGRAÇÃO

Segundo o diretor de Infra-estrutura da Agecopa, Carlos Brito, o grande trunfo do projeto é a integração da arena com o entorno, o que vai incentivar o desenvolvimento urbano do bairro. “A intenção do projeto da nova Arena não é apenas a de deixar um legado esportivo, mas a de criar um foco de atratividade numa região que ainda pode evoluir urbanisticamente e permitir o lazer e o entretenimento da comunidade”, diz.

No parque haverá restaurantes, choperias, espelho dagua, quadras esportivas, pista para skate e playgrounds. A intenção é que o novo parque funcione dia e noite, com segurança 24 hs para os usuários. Além de abrigar 2.580 vagas de estacionamento, fora do estádio haverá mais 4.000 vagas.
As obras da Arena Multiuso – Novo Verdão devem ser iniciadas até o final deste mês, dentro do prazo estabelecido pela CBF e FIFA. O processo licitatório foi homologado no final de março e nos próximos dias a Agecopa assinará o contrato com o consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior e emitirá a ordem de serviço para o início dos trabalhos.

Fontes: Site Copa no Pantanal/Secom/Cuiabá 2014

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