O trânsito violento nas grandes capitais representa a terceira maior causa de morte no país, ficando apenas atrás das doenças do coração e do câncer. Esta violência exacerbada configura como uma verdadeira epidemia, para a saúde pública no Brasil. Em Cuiabá a coisa não é diferente, só nos últimos 141 dias deste ano, 120 pessoas já perderam a vida em acidentes de transito.
A violência no transito, é visto e compreendido como um problema de saúde pública, portanto, não podemos relegar tão grave situação e assistir, diuturnamente, o crescente número de mortes com tanta naturalidade, como se isso fosse à coisa mais comum do mundo.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a violência no trânsito mata anualmente aproximadamente 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo. Desse contingente, 50% têm entre 15 e 44 anos, estas ações impensadas acabam elevando o custo para o sistema de saúde, além dos danos psicológicos que são causados a familiares e amigos, e aumentam conseqüentemente os gastos econômicos dos países.
O problema é gravíssimo, só para se ter idéia da complexidade da coisa. No Brasil, segundo dados da Seguradora Líder DPVAT, seguro que indenizava vítimas de acidentes de trânsito no país, os últimos cinco anos deixaram mais de 290 mil mortos nas estradas brasileiras,
metade delas, em decorrência de acidentes causados por embriaguez.
Em função disso criou-se a Lei 11705 de 2008, que modificou o nosso Código de Transito Brasileiro, instituído pela Lei 9506 de 1997. A partir da nova Lei, foi considerado crime conduzir veículos com qualquer teor de álcool no organismo, esta adequação na Lei acabou criando a Lei Seca à tolerância zero. Mesmo assim, os acidentes continuam ceifando vidas.
Em Cuiabá a coisa não é diferente, só nos últimos 141 dias deste ano, 120 pessoas já perderam a vida em acidente de trânsito, e em sua grande maioria, os envolvidos apresentavam algum tipo de dosagem alcoólica ou uso de drogas.
Num passado não muito distante, segundo dados estatísticos, o Brasil apresentava índices de mortes e ferimentos em acidentes de transito, que se equiparavam às guerras, como a que acontecera no Vietnã. Infelizmente nossa querida capital, vive hoje índices alarmantes e violentos envolvendo acidentes de trânsito, dados estes que muito nos entristece.
Encontrar uma solução plausível e aceitável, para resolver este problema de saúde pública envolvendo acidente de trânsito, não é fácil, passa necessariamente pela consciência das pessoas, de que, o caminho aceitável e inteligente para que estas mudanças verdadeiramente
aconteçam. É importante que tenhamos em mente que, mais do que reprimir, é preciso prevenir e educar, através de campanhas, que efetivamente possam mostrar a importância de suas vidas e do próximo.
Pare o mundo, quero descer
Professor Licio Antonio Malheiros, Geógrafo e Pós-Graduado em Didática do Ensino Superior (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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