No trânsito, a qualidade de vida está diretamente ligada à existência de vias seguras para motoristas, ciclistas e pedestres.
Porém, não é bem isso que o cidadão encontra quando sai de casa, seja de carro, bicicleta, moto ou a pé. Ruas e avenidas mal planejadas, com buracos, com sinalização ineficiente ou inexistente, calçadas intransitáveis, entre muitos outros problemas, sendo o principal o desrespeito ás leis de trânsito. Excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho, estacionamento sobre a calçada e mais uma infinidade de transgressões acontecendo a cada segundo.
Quem tem o dever de garantir o ir e vir do cidadão? O poder público sim. O objetivo de todo órgão de trânsito é torná-lo mais seguro e mais humano. Para isso, faz-se necessária adoção de séries de medidas rigorosas para reduzir a velocidade dos motoristas nos pontos críticos da cidade. Uma delas seria a implantação de fiscalização eletrônica do trânsito.
Para isso deve realizar análise de campo nos pontos críticos. Nessa investigação, devem ser considerados não só os aspectos físicos dos locais estudados como também as características do fluxo de pedestres.
O equipamento de fiscalização eletrônica conhecido como pardal (radar) mede a velocidade de todos os veículos, registrando apenas aqueles que trafegam acima do limite de velocidade regulamentado. A imagem registrada do veículo serve como base à Autoridade de Trânsito para a lavratura do Auto de Infração de trânsito.
Outro grande aliado na prevenção de acidentes de trânsito é o fotossensor, ou o chamado semáforo com câmera. Ele é um equipamento de fiscalização eletrônica capaz de registrar dois tipos de infração: o avanço de sinal vermelho do semáforo e a parada sobre a faixa de pedestres. O objetivo do fotossensor é estimular o motorista a respeitar o sinal de trânsito e evitar atropelamentos e colisões. Também evita que o motorista ‘feche’ o cruzamento.
Somando-se aos radares e fotossensores, outro equipamento de fiscalização eletrônica muito utilizado são as lombadas eletrônicas, que garantem o trânsito de veículos em velocidade adequada nos pontos críticos das vias, aumentando a segurança no trânsito e contribuindo para a educação de motoristas e pedestres.
O uso de equipamentos de fiscalização eletrônica contribui muito para a segurança no trânsito, diminuindo a freqüência e gravidade dos acidentes. Cuiabá é a única capital que não possui este sistema. Sabemos que é prerrogativa da administração do município instalá-los ou não. Sabemos também que Cuiabá teve uma experiência infeliz ente os anos de 1998 e 2002, com a instalação da fiscalização eletrônica eivada de irregularidades. Porém estamos em outra época, os procedimentos de licitação são transparentes e o funcionamento dos aparelhos só se dá após aferição do INMETRO conforme determina resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Portanto, torcemos para que a Prefeitura de Cuiabá, através de projetos e estudos técnicos, estude a possibilidade da volta da fiscalização eletrônica. Será a vitória do bom senso na luta contra a impunidade no trânsito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário