By Carlos Kiwi
Estamos vivendo um momento delicado nas grandes cidades. As pessoas precisam começar a rever seus conceitos em relação ao uso do carro. Por mais que as metrópoles estejam planejadas em relação aos automóveis, os centros urbanos não aguentam mais tantos carros.
Para você ter uma ideia, segundo o Detran de São Paulo, em 1904 (ano em que foi criada a Inspetoria de Veículos), existiam apenas 84 automóveis na capital paulista. Já em 1920 esse número cresceu para 5.596 veículos e hoje a cidade de São Paulo possui mais de 6 milhões de carros circulando pelas ruas... é muito carro!
Quero deixar claro que meu objetivo não é “demonizar” o automóvel, mas sim conscientizar a população que a bicicleta é o único meio de transporte privado que não polui, é silencioso e transforma as pessoas e a sociedade. Devemos entender que ter um carro não é a melhor forma de mostrar status e muito menos superioridade sobre os outros. Lembro que o primeiro brinquedo marcante que a maioria das pessoas ganham em sua infância é justamente uma bicicleta ou similar. E com ela ganhamos as ruas e a sensação de liberdade. Algo que (pelo menos no meu caso) nunca esquecemos.
Andar de bicicleta nos dias de hoje é se libertar dessa bolha egoísta que é o carro. É chegar mais rápido aos seus compromissos. É humanizar a relação do cidadão com sua própria cidade. É dar bom dia para as pessoas que você nunca viu na vida e receber um sorriso em troca, é perceber cada detalhe da arquitetura urbana e perceber o quanto de detalhes maravilhosos você deixa de ver quando está dentro de um carro. Andar de bicicleta é torná-lo mais vivo e saudável. É libertar suas endorfinas e se importar com o planeta que vivemos. É começar uma transformação dentro de si e consequentemente das pessoas e da sociedade que te rodeia.
Concordo que abrir mão do seu carro não é tarefa fácil, mas você pode começar aos poucos, andando de bicicleta com os amigos e/ou família nos finais de semana, deixando o carro na garagem pelo menos um dia da semana e alternar a bicicleta e outro tipo de transporte público como o trem e o metrô. E até começar pedalando com os amigos ou grupos de ciclistas, durante a noite. Lembrando que trarei nesse blog muitas informações e dicas de como pedalar em segurança pelas cidades. Mas o primeiro passo (ou pedalada) deve ser aceitar a bicicleta como parte de você...
Bora pedalar... Vale a pena!
Fonte: Blog do Carlos Kiwi
Carlos Kiwi
Publicitário apaixonado (e viciado) em ciclismo, internet e fotografia. Comecei a pedalar pelas ruas de São Paulo aos 15 anos. Curto todas as vertentes da bike, seja de dia ou de noite, faça chuva, sol, frio ou calor, sempre dou um jeito pegar minha "magrela" e sair pelas ruas em busca de vento na cara.
Entre carros, caminhões, ônibus e motos, estou sempre fazendo novos amigos em minhas pedaladas e lutando por mais respeito e oxigênio para aqueles que escolheram esse transporte sensacional, movido por tração humana, como estilo de vida... Bora pedalar!
Textos do blogueiro:
Por que utilizar a bicicleta como meio de transporte?
Uma alternativa viável e saudável para desafogar o trânsito das grandes cidades.
Como se portar (e enfrentar) o trânsito
Dicas de equipamento, compreensão das leis de trânsito e comportamento.
Um comentário:
O IPBBE (Instituto Pró-Bike e Bem-Estar) foi fundado em 2001 e tem como objetivos incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte e promover a alimentação adequada e saudável do ciclista. A área de atuação do IPBBE engloba projetos para utilizar a bicicleta para ir para o trabalho, para a escola e faculdade ou às compras. Além disso, trabalha no segmento do Cicloturismo Urbano e Assistido. Todos estes projetos envolvem tanto a parte técnica do uso da bicicleta quanto os cuidados com o bem-estar físico do ciclista através de uma alimentação balanceada.
O trabalho do IPBBE não se limita apenas à execução de projetos, mas abrange também a participação em eventos e a realização de palestras sobre as questões da alimentação correta do ciclista e do uso cotidiano da bicicleta no trânsito urbano conscientizando administradores públicos e privados, empresários, formadores de opinião e a população.
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