A fiscalização feita por agentes ou equipamentos eletrônicos não seria necessária se motoristas e motociclistas respeitassem as leis de trânsito. Mas, todos nós sabemos muito bem que não é isso o que acontece. Diariamente presenciamos as mais absurdas transgressões cometidas por quem está à frente de um volante ou em cima de uma motocicleta.
Considero o argumento usado por àqueles que são contra os radares eletrônicos de que faltam campanhas educativas uma apelação. Qual motorista ou motociclista que não conhece seus direitos e deveres ou as regras básicas da boa convivência no trânsito?
Conhecem, mas furam o sinal vermelho, dirigem em alta velocidade, não usa o cinto de segurança, falam ao celular, dirigem embriagados, estacionam em locais proibidos como em vagas reservadas para idosos, deficientes ou em calçadas, que deveriam ficar livres para a passagem dos pedestres.
Indústria de multa? Infelizmente, a educação no trânsito só tem se manifestado quando o motorista é multado, quando mexem com o seu bolso.
Os que são contra poderiam até sugerir (ao invés de ficar só reclamando) que as multas fossem convertidas em prestação de trabalho social na área do trânsito. Ou seja, o infrator seria penalizado contribuindo com ações educativas como as que são desenvolvidas pelos “Sombras”, que ficam nas esquinas centrais relembrando aos motoristas para usar o cinto de segurança.
Mas, volto a dizer que os radares não seriam necessários se cada cidadão que dirige respeitasse os limites de velocidade estabelecidos para cada via da cidade. Também não seriam necessários os semáforos ou incontáveis quebra-molas, que muitas vezes são construídos irregularmente pela própria comunidade a fim de coibir os excessos cometidos nas estradas.
Em Cuiabá, os radares eletrônicos são necessários para garantir a segurança das pessoas no trânsito já que os condutores são imprudentes, não têm amor a própria vida muito menos a de um desconhecido.
JOANICE DE DEUS é repórter
Fonte: Jornal Diário de Cuiabá [edição 12905 de 08/01/2011]
Nenhum comentário:
Postar um comentário