quarta-feira, 13 de abril de 2011

Artigo - Os desafios do trânsito em Cuiabá

Segundo o último relatório divulgado pelo Detran/MT, no final do primeiro trimestre de 2011, Cuiabá já conta com uma frota de mais de 290 mil veículos. Em poucos meses chegaremos aos 300 mil veículos, isso contando apenas os licenciados na Capital, fora aqueles de outros municípios e estados que aqui circulam diariamente.

Esse crescente aumento da frota é reflexo da estabilidade financeira e crescimento econômico, que reflete no crescimento das cidades e consequentemente a superlotação das ruas.

A um bom tempo Cuiabá já apresenta problemas sérios no trânsito como lentidão e congestionamentos, transporte coletivo precário com ônibus obsoletos e sempre lotados, motoristas apressados, pedestres desatentos, calçadas sem condição de circulação. Sem contar o problema da falta de vagas de estacionamento nas áreas de comércio e bancos. Esses fatores acabam tornando o trânsito cada vez pior e mais violento.

Some-se a isso a falta de educação e a irresponsabilidade de boa parte dos motoristas, a ausência de fiscalização eletrônica, a pouca fiscalização humana e como resultado teremos o que se vê em nossas ruas e avenidas no dia-a-dia. Um caos! Condutores de automóveis falando ao celular enquanto dirigem, sem cinto de segurança, avançando sinal vermelho sem a menor cerimônia, estacionando sobre calçadas, em vagas especiais de idosos e PNE, sobre as calçadas e canteiros, entre inúmeras outras irregularidades.

A situação é mais grave com os motoqueiros, pois seus veículos, menores e mais ágeis, são também muito mais frágeis. Um pequeno acidente pode deixar seqüelas e até ser fatal.

A pouca instrução e a facilidade em se adquirir a CNH, é responsável pelas barbaridades que presenciamos diariamente nas ruas por parte destes condutores de motocicletas.

São comuns os flagrantes de motoqueiros ‘pulando’ canteiro central, transitando pelas calçadas, avançando sinal vermelho, sem capacete ou com o mesmo mal colocado, transportando crianças sem proteção, crianças menores de sete anos, enfim, uma infinidade de transgressões ao código de trânsito brasileiro.

Resumindo, com o aumento da frota e o conseqüente trânsito caótico e violento, é preciso que haja, através da conscientização, uma mudança de comportamento do motorista. Bem como se faz necessária a ação do poder público, através da aplicação do chamado tripé do trânsito, que é baseado em ações de engenharia, educação e fiscalização, principalmente.

Portanto, torcemos para que a Prefeitura de Cuiabá, através de projetos e estudos técnicos, estude a possibilidade da volta da fiscalização eletrônica. Será a vitória do bom senso na luta contra a impunidade no trânsito.



Silvio Furtado de Mendonça Filho

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