sexta-feira, 15 de abril de 2011

Violência sobre 2 rodas

MT ocupa quarta posição nacional em mortes de motociclistas. Dado é do ‘Mapa’ deste ano e aponta 13,6 óbitos a cada 100 mil

RENÊ DIÓZ

Como se não bastasse a colocação de segundo trânsito mais violento do país, Mato Grosso é o estado com a quarta maior taxa de mortalidade de motociclistas no trânsito, segundo dados complementares da pesquisa Mapa da Violência 2011. Realizado pelo Instituto Sangari, o levantamento com base no ano de 2008 aponta, no trânsito mato-grossense, uma proporção de 13,6 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Neste ranking da mortalidade de motociclistas, Rondônia aparece em primeiro lugar, com 15 mortes para cada 100 mil habitantes. A proporção seguinte foi a registrada no estado do Piauí, com 14,7. Em seguida, a proporção de Roraima fica pouco acima da mato-grossense, 13,7 óbitos para cada 100 mil habitantes.

A sequência da lista fica por conta do Tocantins, com taxa de 13,4. Embora esteja na quinta colocação no ranking de mortalidade de motociclistas, o Estado vizinho foi apontado como com o trânsito mais violento do país, com 35,6 óbitos para cada 100 mil habitantes (considerando acidentes com todos os tipos de v veículos).

Mato Grosso é o segundo neste ranking geral, com taxa de 35,5. De acordo com o estudo, os acidentes com motocicletas foram responsáveis pelo incremento do número de vítimas no trânsito em todo o Brasil entre 1998 e 2008. As certidões de óbitos revelaram um aumento de 23,9% no número de fatalidades.

Em Mato Grosso, difícil é não relacionar tal aumento de acidentes com o crescimento insustentável da frota de motocicletas. Os dados mais antigos disponibilizados pelo site do Detran são referentes à frota de 2004 e, na comparação com os dados preliminares de 2011, já apontam um aumento de 136% no número de motos.

Já o diretor de Habilitação do órgão em Mato Grosso, Eugênio Destri, aponta a imprudência como fator essencial do cenário violento, denunciando as “acrobacias” que os motociclistas fazem diariamente no trânsito, sem a devida punição, como transitar entre os veículos. “Eles geram risco para eles mesmos. É a consciência do cidadão que tem que ser trabalhada”, argumenta.

Destri informa que atualmente uma comissão interna do Detran estuda aumentar as exigências curriculares dos cursos de formação de condutores em prol da segurança no trânsito. Já o diretor do Samu, Daoud Abdallah, estimou que, dos casos de fratura atendidos no trânsito em Mato Grosso, até 40% referem-se a acidentes com motocicletas – veículos que, depois dos pedestres, são os mais vulneráveis no tráfego.

Tais acidentes também costumam gerar fraturas mais graves, mas o Samu não dispõe de informações sobre os casos que, depois de encaminhados às unidades de saúde, tornam-se óbitos.

Fonte: Jornal Diário de Cuiabá

Um comentário:

Tahiane Stochero disse...

olá, amigos do Blog
sou repórter e procuro pessoas com problemas no trânsito em Cuiabá, podem me ajudar, por favor?
obrigada e aguardo retorno
ps: tens algum email de contato?
o meu é tahisto@hotmail.com