O hábito de pedalar cresce vertiginosamente em Cuiabá. Seja por lazer, esporte ou como meio de locomoção, cada vez mais as pessoas estão recorrendo às bicicletas.
Quem pedala, além de curtir a natureza, belas paisagens, o vento no rosto, ganha ainda benefícios para a saúde. A prática do ciclismo fica em segundo lugar entre os esportes considerados mais completos, perdendo apenas para a natação.
Por outro lado, muita gente, seja por da falta de dinheiro ou por mudança de hábito mesmo, está adotando a bicicleta como seu principal meio de transporte. Pedalar não consome combustível, tem baixa manutenção, não polui, é silencioso e muito agradável.
Porém, a falta de ciclovias é um grande empecilho para que o ato de pedalar se transforme em rotina para um número maior ainda de pessoas em Cuiabá. Há registros de cerca de 24,4 km de ciclovias ou ciclofaixas na capital, sendo a ciclovia da Av. Arquimedes Pereira Lima com 3 km, a ciclofaixa da Avenida das Torres com 13,5 km e a ciclofaixa da Av. Tatsumi Koga com 7,9 km.
Creio que 24,4 km é muito pouco para uma capital com mais de 500 mil habitantes, não acham? A situação é mais crítica ainda porque esses 24,4 km não oferecem condições mínimas para a circulação dos ciclistas.
A ciclovia da Av. Arquimedes Pereira Lima, conhecida como Estrada do Moinho, há muito tempo está abandonada pelo poder público. No seu curto percurso o ciclista se depara com carros de vendedores de frutas, veículos expostos para venda no espaço que seria das bicicletas, empresas que fazem da ciclovia estacionamento particular, buracos, acúmulo de terra e muito mato em alguns trechos.
A ciclofaixa da Av. Tatsumi Koga encontra-se em situação parecida, em todo seu trecho há acúmulo de areia, terra e detritos, buracos, sem contar os veículos que a utilizam como estacionamento.
Já a ciclofaixa da Avenida das Torres, a maior de todas, com extensão de 13,5 km, a conservação está um pouco melhor, isso porque é a mais recente. Como a ciclofaixa é compartilhada com pedestres, os ciclistas encontram dificuldade em transitar, mas o maior problema é o uso indevido por parte dos motoristas que teimam em estacionar sobre a mesma. Nos trechos que cortam os bairros Santa Cruz I e II, Recanto dos Pássaros e Jardim Imperial, o desrespeito é constante e a vida dos pedestres e ciclistas está sempre em risco.
Ciclofaixa da Avenida das Torres
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Nem vou citar a “tal” ciclovia da Avenida dos Trabalhadores - que dizem ter existido um dia - pois quem por lá circula não vê nem sinal de ciclovia.
Resta a nós, ciclistas, a esperança de que a promessa de novas ciclovias – Parque do Barbado, novo trecho da Moinho, Estrada da Guarita em Várzea Grande, Rodovia Emanuel Pinheiro e Rodovia Cuiabá/Santo Antônio do Leverger – se concretize.
Ciclovia ideal
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Fica o recado para nossas autoridades. Construam ciclovias e os ciclistas virão.
Sílvio Furtado de Mendonça Filho
Bacharel em Ciências Econômicas e pós-graduado em Gestão Pública
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