O setor de estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) fechou o balanço anual com número de vítimas fatais no trânsito da Grande Cuiabá, no ano de 2009. Cinco mortes a menos que em 2008 foram registradas. Somadas, as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, tiveram 188 mortes. O número reflete apenas os casos de morte no local do acidente, não entrando na estatística, portanto, os casos de mortes ocorridas em hospitais e no Pronto Socorro.
Em 2008 as mortes totalizaram 193. Já em comparação com 2007 a redução foi maior, naquele ano foram 200 vítimas. Se for levado em conta que o número de veículos nas ruas, de 2007 para cá, cresceu quase 30%, os dados de redução se tornam significativos. Hoje são cerca de 60 mil veículos a mais circulando, somente na Capital.
Segundo a coordenadora de estatísticas do Detran, Sandra do Egito, os dados são apurados em parceria com o Instituto Médico Legal (IML-MT). A estatística aponta que Cuiabá apresenta praticamente o dobro das vítimas fatais de Várzea Grande, 120 contra 68. Do total de 188, a maioria é composta de homens, 151 contra 37. A faixa etária com maior incidência de vítimas fatais vai de 30 a 59 anos. Nessa faixa estão 84 mortos. Em 2008 foram 81 mortes e em 2007, 90 mortes na mesma faixa de idade.
Para o presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, apesar de proporcionalmente ao número de veículos ter havido queda, não há o que comemorar. “Estamos com uma fiscalização preventiva mais eficiente, mas as pessoas ainda carecem muito de conscientização. Elas precisam sentir que o poder público está “de olho”, não só através de campanhas educativas, como também com medidas punitivas, mais severas”, avalia. Segundo o presidente, o Detran Investe pesado em campanhas educativas e em meios para proporcionar à PM mais eficácia na fiscalização.
A autarquia adquiriu vários equipamentos para a polícia, como bafômetros, cones, sinalizadores e coletes. “O Estado está fazendo sua parte, mas os dois municípios precisam tomar atitudes mais eficazes também; o trânsito em Cuiabá e Várzea Grande é de responsabilidade das prefeituras e, enquanto os prefeitos não tiverem a coragem de instalar câmeras de monitoramento de tráfego e radares, a situação via continuar crítica”, avisa. Dóia afirma também que as prefeituras precisam investir mais em sinalização e ampliação de vias, além da contratação de mais agentes de trânsito.
PESQUISA: Uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Voice de Cuiabá, no final de 2009, apontou que 49,8% consideram o trânsito ruim ou péssimo em sua cidade. Já 48,3% disseram que a estrutura urbana é péssima. A pesquisa ouviu 1,2 mil pessoas em sete cidades-pólos de MT. A maioria das entrevistas, 53%, dada a proporção, se concentrou em Cuiabá. A pesquisa foi realizada entre dos dias 27 de novembro e 02 de dezembro e ouviu pessoas com idades acima de 18 anos, habilitadas ou que possuam veículo automotor. A margem de erro é de 2,8%.
Fonte: Detran/MT
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