terça-feira, 18 de maio de 2010

Copa 2014: Projeto vistoria hoje acessibilidade de Cuiabá

Um projeto composto por membros que têm dificuldades de locomoção, como idosos, deficientes físicos e cegos, o `Novos Rumos`, chega hoje a Cuiabá para conferir o nível de acessibilidade da capital. A visita é mais uma das que eles pretendem fazer por todas as cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014.


O objetivo deles, por meio do Instituto Muito Especial –, organização da sociedade civil de interesse público, que trabalha pela inclusão das pessoas com deficiências na sociedade e nas empresas, em parceria com o Ministério do Turismo – é fazer, a partir da expedição, um roteiro de viagens baseado no conceito da acessibilidade, pois tudo que levantarem vai virar um documentário, um livro e um guia de viagens.


Nas viagens já realizadas, um dos coordenadores do projeto, Marcus Scarpa, explicou à Folha que ainda não há como fazer um ranking das melhores e piores cidades, pois ainda há muitas a serem visitadas, além desse não ser o objetivo do estudo. “São Paulo e Curitiba até agora são as que tem a situação mais avançada, não que seja o ideal ou de nível internacional, mas são as cidades que mais demonstraram preocupação com a acessibilidade”, conta Scarpa.


O grande problema, explica Scarpa, é a acessibilidade a locais sob responsabilidade da iniciativa privada, como os pontos turísticos, hotéis e restaurantes. “O poder público tenta fazer um trabalho bacana nessas duas cidades a nível de Brasil, mas o setor privado não está acompanhando com o mesmo ritmo, ainda temos muitos problemas de acessibilidade em todo o setor privado”.


Além dos usuários das adaptações de acessibilidade, também chega a Cuiabá uma equipe de arquitetos e engenheiros para mapear tudo para futuramente fará parte do guia. “Cuiabá foi contemplada a fazer parte desse guia desde que faça as adequações, deixaremos a sugestão para que façam o que não estiver pronto. Não viemos para fiscalizar nem enquadrar ninguém”. Mesmo porque, não precisam, deficientes físicos movimentam R$ 14 milhões/ano com viagens e turismo.


Fonte: Agecopa/Copa no Pantanal [Folha do Estado]

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