quinta-feira, 27 de março de 2008

Vereadores ignoram servidores e mudam PCCS

Vereadores da base aliada do prefeito Wilson Santos (PSDB) vão patrolar as emendas apresentadas pelos vereadores Lúdio Cabral (PT) e Francisco Vuolo (PR) para que o Executivo altere leis complementares que determinam a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

Às 12h10, a sessão na Câmara de Cuiabá foi suspensa para que servidores e todos os vereadores se reunissem com os secretários de Planejamento, Guilherme Muller, e de Governo, Andelson Gil do Amaral, com o intuito de debater as emendas. Da reunião, vereadores de oposição ao prefeito saíram com o consenso de que as mensagens do Executivo não fossem votadas antes da análise das emendas.

Assim que ficaram a sós, vereadores da base aliada resolveram mudar de idéia e decidiram enfiar guela abaixo o projeto do prefeito. As mudanças nas leis complementares que determinam a implantação do PCCS frustam os servidores públicos. Eles temem que um aumento no rendimento mensal ao invés de ficar entre 10% e 16%, sejam reduzidos a 0%. A sessão continua suspensa. (Simone Alves)

(Às 16h50) - Sessão é retomada depois de quase 5 horas

Depois de quase 5 horas de discussões, a Mesa Diretora da Câmara retomou a sessão. Praticamente durante todo o período vespertino, servidores e parlamentares "negociaram" com os secretários Guilherme Muller e Andelson Gil do Amaral.

(Às 17h25) - Câmara patrola pedidos dos servidores

A Câmara aprovou as três leis complementares de autoria do Executivo que, segundo os servidores, não trarão nenhum adicional aos seus salários. Os servidores se sentem derrotados, pois apenas seis dos 19 parlamentares de Cuiabá aprovaram emendas que rejeitavam a proposta do prefeito Wilson Santos (PSDB). Mais uma vez foi demonstrado que o prefeito possui o apoio da maioria absoluta.

O Sispumc pretende recorrer judicialmente na tentativa de anular as alterações na lei do PCCS. "Depois de 13 anos teremos o PCCS implantado mais com aumento zero para os funcionários públicos. Continuamos parados no tempo", reclama Gilmar Metelo, presidente do Sispumc. "Mesmo sabendo que é difícil, vamos acionar a Justiça", avisa.

Autor: RDNews

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