sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pânico de motoqueiros


Silvio Furtado

Sou obrigado a confessar: tenho medo de motoqueiros. Não do trabalhador ou qualquer pessoa que escolheu andar de moto porque é um veículo econômico e ágil e que ajuda na redução dos congestionamentos . Tenho medos dos ladrões que passam o dia em cima de suas motos á procura de possíveis vítimas. Que assaltam em plena luz do dia sem medo de serem reconhecidos com a 'proteção' do capacete que não tiram da cabeça.

Tenho medo quando estou de carro e percebo uma moto supostamente me seguindo. Fica pior quando a moto emparelha com o carro e segue trafegando ao lado. Pior ainda se estiverem em dupla.

Tenho medo quando abro o portão da minha casa e vejo uma moto vindo em minha direção. Tenho medo quando vou até a padaria, apenas a cem metros de minha casa e percebo motoqueiros por todos os lados.

Esse medo é justificado pelos constantes assaltos praticados por motoqueiros, noticiados no dia-a-dia de Cuiabá e das grandes cidades brasileiras. Pessoalmente nunca fui vítimas desse tipo de crime mas já presenciei vários deles, seja da janela de minha casa ou circulando pelas ruas da cidade. Também já ouvi muitos casos de parentes, amigos e conhecidos que passaram por situação semelhante.

Enquanto cidadão, espero que o poder público através da autoridade policial monte ações de combate a esses bandidos sobre duas rodas, que declare guerra aos motoqueiros que usam esse tipo de veículo para cometer assaltos.

Uma boa medida seria a realização de blitzes diárias por toda a cidade, da polícia militar em parceria com a polícia civil, através da delegacia de roubos e furtos de veículos. Assim a abordagem detectaria não só irregularidades na documentação das motos como também drogas, armas e meliantes mal intencionados. Ações preventivas e ostensivas da polícia, dever do poder público, direito do cidadão.

Mas como nem sempre esse direito do cidadão é respeitado, algumas medidas de segurança devem ser observadas, como: Ao sair de carro, manter portas fechadas e vidros levantados, pois os meliantes preferem os veículos de mais fácil acesso; evitar deixar bolsas, carteiras ou qualquer objeto de valor em cima dos bancos, pois os meliantes encostam a moto e olham dentro do carro a procura desses objetos antes de assaltar; se estiver dirigindo á noite, redobre a atenção e se perceber motoqueiros te seguindo, dirija até um local movimentado ou até um posto policial; ao andar a pé não deixe bolsas e celulares á mostra e procure andar próximo ás paredes e não próximo ao meio-fio; á noite prefira andar em grupos; enfim toda atenção é pouca.

Como disse no início, tenho medo dos motoqueiros bandidos e não da maioria de motoqueiros honestos e que usam sua amada motoquinha para se deslocar até seu local de serviço ou mesmo usando-a como instrumento de trabalho, ganhando seu sustento. Não estou generalizando. Sabemos que apenas uma minoria dos motoqueiros faz parte dessa corja que nos assusta e nos deixa em constante pânico. Infelizmente essa minoria nos leva a uma aversão aos usuários dessa categoria de veículos.

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