A nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que institui o tema trânsito como atividade extracurricular nas instituições de ensino médio, é recebida entre professores e alunos de Cuiabá com ceticismo. Apesar de reconhecerem que a proposta é boa, educadores desconfiam da possibilidade de se ter resultados concretos de imediato, uma vez que falta investimento nas escolas, para oferecer este tipo de atividade em sala de aula, além da ausência de estrutura do espaço urbano.
Para o presidente do Sindicato dos trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, a medida, mesmo sendo positiva, é muito limitada, pois além das legislações não serem rigorosas para quem infringe as leis, não há investimento no trânsito da cidade em valorizar o ser humano em vez dos veículos. "A gente passa em frente a uma escola, por exemplo, e percebe que não existe nenhuma faixa ou lombada".
Outra questão destacada pelo presidente é a falta de investimentos financeiros e de pessoal para oferecer aos alunos, os cursos de trânsito. "Acredito que esse assunto deve sim estar nas matérias dos jovens, assim como ética e cidadania, e a resolução fará com que essa seja a pauta do dia nas instituições, mas será um desafio para nós arranjarmos recursos para poder fazer isso".
A Gazeta
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