Carros se aglomeram em frente as escolas particulares da Banânia,
capital da Botocundia.
Nas portas das escolas o trânsito vira um caos.
Meio-dia e meia.
É horário de saída para quem estuda de manhã e de entrada para quem
cursa à tarde na maioria das escolas particulares.
Uma “agromeração” de veículos se forma na porta da instituição, noticia
o Gordo, ex-alcaide, titular do “pôgrama” “a hora da tosse”, depois de
dar uma bombástica notícia.
Quem está no volante não esconde a pressa, ao levar ou buscar seu
rebento no colégio.
Pára na faixa de pedestre e começa a buzinar.
Ignora placa de sinalização.
Ajuda a formar fila dupla.
Motoqueiros cortam caminho pela calçada.
Os alunos atravessam em qualquer lugar da rua ignorando o perigo.
Os agentes de trânsito da Banânia , conhecidos como “amarelinhos”,
esforçam-se, esgoelam-se silvando apito e gesticulando num sol de
derreter sola de coturno, mas os bacanas ignoram-nos.
Os agentes "MM" e o "UM.negativo" acionam o "17":
"- Assim não dá, coordenador, vamos "canetar" todo mundo!"
O desrespeito é total.
É, literalmente, uma bagunça.
O que ocorre todos os dia exemplifica um velho problema, que parece
longe de um fim.
Se depender da boa vontade dos motoristas ou, quem sabe, de alguma ação
política, o congestionamento de carros, motos e ônibus em frente às
escolas no horário de pico nunca terá fim.
O engarrafamento se repete ainda em outros pontos onde há escolas
particulares na cidade.
Registre-se que todas essas escolas possuem a licença de funcionamento
atualizada e que todas desobedecem a legislação municipal que prevê
espaço para embarque e desembarque de passageiros.
Todo esse transtorno traz duas conseqüências imediatas:
A primeira delas é a possibilidade do condutor ser autuado por
infringir regras de trânsito.
Formar fila dupla em via pública, um dos abusos mais comuns, por
exemplo, é considerada infração gravíssima pelo CTB (Código de Trânsito
Brasileiro).
Diz o artigo 181 da lei que a medida administrativa para punir esse ato
é a remoção do veículo.
A segunda, mais grave, é o risco de acidentes para quem é conduzido, as
crianças.
Um pai infrator, zeloso de seus direitos argumentava outro dia: ".. que ele tinha estacionado em lugar proibido, só que ali não há nenhuma identificação" ....que os “guardinhas” só vêm aqui para multar...”
Uma senhora, mais consciente refuta o infrator: “.....o que custa os
pais estacionarem em quadras mais próximas, um pouco distante da escola?
....isso facilitava a organização e evitava riscos de acidentes... . os próprios pais não se respeitam, muito menos respeitam os filhos dos outros".
Com “lucidez” impressionante, um diretor de escola arrisca um palpite:
“...,orientamos os pais para que, quando virem buscar, nem sempre
cheguem no mesmo horário; de preferência, alguns minutos depois do horário de saída do aluno..."
Agoraquaannndo, queéqueesse!! !!
KAMARADA MEDEROVSK
Banânia, fev 2008
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