Em duas assembléias, uma pela manhã e outra à tarde, motoristas e cobradores de ônibus rejeitaram a proposta das empresas e decidiram paralisar as atividades a partir de zero hora da próxima quinta-feira, dia 21. As empresas ofereceram 2% de reajuste salarial e pagamento de 50% de um plano de saúde para os profissionais.
A categoria pediu reajuste de 13% e o pagamento do plano de saúde extensivo a esposas, maridos e filhos. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Olmir Fêo, o reajuste de dois por cento é inaceitável, pois desde a última negociação, em maio do ano passado, a inflação do período foi superior a seis por cento. A categoria quer 13% de reajuste para repor perdas acumuladas nos últimos anos.
Na questão do plano de saúde, boa parte da categoria até admite ficar sem reajuste, desde que as empresas estendam o benefício para os familiares, mas que seja feito convênio com uma empresa que possa oferecer bons serviços. Hoje, parte do salário de motoristas e cobradores é descontado a título de atendimento à saúde. Só que ele é feito no ambulatório de sindicato e para marcar uma consulta chega a levar semanas, caso o profissional precise de atendimento médico especializado.
No decorrer desta semana novas negociações devem ocorrer, mas o clima entre os profissionais, diante da intransigência dos patrões, é de paralisação. Por outro lado, há quem veja na posição quase irredutível das empresas, não dando o reajuste pedido e levando-a à paralisação, uma maneira também de forçar a a Prefeitura de Cuiabá a autorizar o aumento da tarifa, hoje suspenso por decisão da justiça.
Site Olhar Direto
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