Legalmente, a paralisação deve ser deflagrada apenas 72h após o informe oficial da greve, marcada para começar à meia-noite de sexta-feira. Os avisos circulam a partir de hoje em Cuiabá e Várzea Grande e até o final de semana uma assembléia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETT/CR) deve delegar um comando de greve, segundo o secretário-geral Ledevino Conceição.
A greve foi decidida pelo movimento sindicalista diante da falta de acordo com os empresários. A proposta apresentada pelo STU, bastante aquém do percentual de aumento reivindicado, foi imediatamente rejeitada pela assembléia, que também pede por adicionais na folha de pagamento devido às condições insalubres de trabalho e cobra a inclusão dos trabalhadores em planos de saúde.
O STU alega que se vê impossibilitado de avançar nas negociações com os trabalhadores. Desde 1999, maio é o mês escolhido como data-base para as negociações salariais entre trabalhadores e empresários do sistema de transporte coletivo. Este ano, porém, o STU alega que a atual indefinição da tarifa municipal de transporte coletivo em Cuiabá compromete a receita e a possibilidade do empresariado apresentar propostas.
A tarifa do transporte municipal em Cuiabá, atualmente, custa R$ 2,05 e não é reajustada há 2 anos. Sua majoração, este ano, está estipulada para até 37 centavos, conforme determinou o Conselho Municipal de Transporte (CMT), responsável por aprovar ou não as planilhas de custos para reajuste apresentadas pela Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).
Entretanto, na semana passada, em mais um capítulo da celeuma judicial envolvendo a tarifa, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ) decidiu proibir a prefeitura de Cuiabá de reajustar o preço pago pelos usuários. O novo veto, por meio de liminar, atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e agora suspende decisão anterior da Justiça, que dava o aval à gestão municipal.
Na ocasião, foi revogada uma liminar que desde dezembro de 2008 suspendia qualquer possibilidade de reajuste na tarifa municipal enquanto a prefeitura não seguisse critérios coerentes para o cálculo e detalhasse com transparência os itens envolvidos na planilha.
Fonte: Jornal Diário de cuiabá
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