quarta-feira, 13 de maio de 2009

Educação no trânsito, tarefa de todos

Muito se fala em educação no trânsito, em educação para o trânsito, mas o que temos feito nesse sentido? O que o governo tem feito? Não basta introduzir a disciplina somente no ensino fundamental, tem que educar a criança na fase pré-CNH, ou seja, na véspera de tirar a primeira habilitação. A criança aprende fácil mas na fase da adolescência, a fase mais difícil, o menor torna-se rebelde e “esquece” o que aprendeu sobre trânsito. E é justamente com um temperamento agressivo que logo em seguida ele vai tirar sua habilitação e vai para as ruas. A educação para o trânsito tem que ter continuidade na vida escolar. Um adolescente bem preparado pode vir a ser um bom motorista, já o mal preparado poderá fazer parte das tristes estatísticas de acidentes de trânsito.

Já os adultos, os habilitados de hoje, as medidas tem que ser outras, tem que ser repressivas e punitivas. Motorista habilitado é, pelo menos teoricamente, motorista conhecedor das leis de trânsito. Portanto não pode alegar desconhecimento das regras básicas do dirigir. Para esses motoristas, se cometerem infrações tem que ser punidos com multas, com remoção do veículo, apreensão se for o caso, recolhimento da CNH, tudo que o código de trânsito prevê.

Campanhas educativas são bem vindas e devem ser realizadas pelos órgãos municipais e estaduais de trânsito. O objetivo é a mudança de comportamento desses cidadãos no que diz respeito ao trânsito, ou seja, conhecendo melhor seus deveres e direitos para que possam, assim, coloca-los em prática e evitar acidentes. Combater o alto índice de acidentes tornou-se uma preocupação em âmbito nacional. O problema é de todos, portanto cabe a nós contribuir.

O trânsito em Cuiabá está cada vez mais violento. Diariamente são noticiados acidentes e atropelamentos, quase sempre com vítimas com lesões graves e também vítimas fatais. São vidas perdidas por causa de motoristas imprudentes e mal preparados. São os crimes de trânsito. E o que é pior, quase sempre ficam impunes. Essa sensação de impunidade leva motoristas, não só jovens, a cometer barbáries atrás do volante.

Metade dos acidentes com morte envolve motoristas embriagados. Mesmo em pequena dosagem o álcool prejudica o motorista, tirando sua percepção de velocidade e distância, gerando incapacidade de coordenação. Mas e a Lei seca? A intenção não era punição pesada contra motoristas embriagados, a solução para o problema? Sim, mas para isso tem que ser aplicada e não tem sido. Cadê as blitzes? Cadê os aparelhos de bafômetro? Sem aplicação a Lei torna-se uma letra morta.

Temos que fazer nossa parte, começando por evitar as pequenas transgressões, como falar ao celular, estacionar em local proibido (nem que seja só um minutinho), avançar o sinal vermelho (mesmo se não vier ninguém)... Como pedestre, atravessar sempre na faixa. Usar o cinto de segurança sempre e praticar a direção defensiva, isso pode salvar nossa vida e de muitos.

Silvio Furtado de Mendonça Filho

Um comentário:

reinaldocfilho disse...

Eu como paulistano, já dirigi em vários locais do Brasil, nunca ví um trânsito tão ridículo e pessoas tão ridículas quanto ví em Cuiabá.

Lamentável.

Deveriam eliminar o Centro-Oeste da Fifa World Cup 2014, não conheci uma pessoa inteligente em Cuiabá, com excessão aos meus conterrâneos que foram se aventurar naquele monte de merda.