Começam as investigações do assassinato do dono de revenda de carros usados na avenida Fernando Corrêa; polícia trabalha com duas hipóteses
A polícia trabalha com duas hipóteses na investigação do assassinato do empresário Luis Henrique Gontijo Mendonça, de 29 anos, executado com três tiros no momento em que dirigia seu Gol azul na região do Coxipó. O homicídio ocorreu anteontem, por volta das 18 horas na Avenida Fernando Corrêa, nas proximidades da Decorliz. Umas das hipóteses é que tenha havido um acerto de contas; a outra trabalha com crime passional (motivado por paixão).
O empresário era proprietário de uma revenda de automóveis usados na Avenida Carmindo de Campos, razão pela qual os Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigam se ele teve algum desentendimento com algum cliente.
Com relação à hipótese de crime passional, os policiais informaram que o empresário era solteiro, mas tinha uma namorada. Eles não descartam a hipótese de Luiz Henrique ter se envolvido em algum outro caso amoroso. “A questão pessoal é complicada porque a pessoa nunca conta para alguém o que faz na vida particular. De qualquer forma, não é possível nesse momento descartar essa hipótese”, informou um policial que participa das investigações.
Segundo os policiais, o empresário trafegava em direção ao centro e, próximo à Decorliz, um motociclista emparelhou com o Gol dirigido por ele atirou três vezes contra a vítima, acertando-lhe a cabeça. Os tiros atravessaram o vidro do motorista e atingiram o empresário. Ferido mortalmente, Luis Henrique perdeu o controle do automóvel e encostou num poste.
“O carro chegou em baixa velocidade e não bateu no poste. Se tivesse em alta velocidade teria arrebentado tudo”, observou um policial da DHPP que esteve no local iniciando as investigações.
Um carro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) passava pelo local e tentou socorrer o empresário. A princípio, os enfermeiros e médicos acreditavam se tratar de um acidente de trânsito porque viram o Gol batido no poste. Ao se aproximar, perceberam, no entanto, que se tratava de um assassinato.
Os policiais não têm dúvidas de que se trata de um crime de pistolagem, principalmente pela precisão dos tiros. A forma como o pistoleiro agiu chamou a atenção dos policiais. “Acertar dois tiros na cabeça com um carro em movimento e com o vidro fechado não é fácil não”, disse um policial. “Sem falar que a avenida é uma das mais movimentadas da Capital”.
O delegado Antônio Esperândio colocou uma equipe para trabalhar no caso. Os policiais tentaram localizar alguma testemunha, mas a única pista que conseguiram é o fato do pistoleiro estar pilotando uma motocicleta e de ter seguido em direção ao centro depois de disparar contra a vítima.
Os policiais ainda não tiveram contato com a família para saber se o empresário estava sendo ameaçado ou envolvido em alguma situação suspeita. Os familiares deverão ser ouvidos nos próximos dias. “Com certeza, os familiares nos darão alguma pista para levar até o pistoleiro”, explicou um policial.
Diário de Cuiabá (edição 12109)
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