Pedestre é mais atingido pela dianteira
O professor de Engenharia do Tráfego do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato (UFMT), Eldemir Pereira de Oliveira, estudou a dinâmica do atropelamento e concluiu que em cerca de 80% dos casos o pedestre é atingido pela dianteira do carro. A idéia de que em um atropelamento o veículo "passa por cima" do pedestre não coincide com o que acontece na maior parte das ocorrências.
Situações em que o veículo passa por sobre o corpo do atropelado podem ocorrer em casos com acidentes envolvendo ônibus ou caminhões. Os contatos com os pára-choques foram responsáveis por mais da metade (55%) das lesões pesquisadas e o contato com a estrutura frontal dos veículos acima do pára-choque responsável pela outra quase-metade (42%) das lesões verificadas.
Os levantamentos também revelam que fraturas de joelhos são mais prováveis quando a altura dos pára-choques está a um quarto ou um terço da altura dos pedestres. A probabilidade de lesões fatais é maior nos choques frontais do que nos laterais. Em choques a velocidades acima de 60 quilômetros por hora, o pedestre, em geral, rola por sobre a dianteira do carro após o segundo contato (provavelmente o da cabeça) contra o veículo, com o corpo dobrando-se e as pernas podendo atingir o teto. (AA)
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