RIO - A idéia do Ministério da Justiça de enviar ao Congresso um projeto de lei que prevê o reajuste de 63% em todas as multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro não foi bem recebida pelas pessoas ouvidas pelo GLOBO ONLINE nas ruas do Rio de Janeiro. ( Clique aqui e veja o vídeo com opiniões ).
A medida divulgada na semana passada pelo Ministério integra um pacote que está sendo elaborado por um grupo de trabalho interministerial para tentar reduzir o alto índice de mortes nas estradas brasileiras. Outra medida já anunciada foi a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas estradas a partir desta sexta-feira.
O percentual estabelecido é, segundo o Ministério, equivalente ao aumento do IPCA desde 2000, quando as infrações de trânsito deixaram de ser corrigidas pela variação do imposto.
Apesar dos argumentos do governo, a medida foi amplamente criticada nas ruas da cidade. Para o motorista de ônibus Alexandre Oliveira, a medida só servirá para aumentar a arrecadação do governo.
- A gente já paga impostos demais. Eles querem com isso diminuir, talvez, o número de acidentes nas estradas. Mas neste caso, o objetivo é aumentar o dinheiro dos cofres públicos - reclama.
A medida também foi rejeitada pelos leitores do site e por alguns deputados governistas .
Caso a proposta do governo seja aprovada no Congresso, a multa para o motorista que for flagrado trafegando com velocidade mais de 20% acima do limite permitido, por exemplo, saltará de R$ 572 para R$ 933. O mesmo valor seria aplicado ao motorista que estiver dirigindo embriagado, além de ter a carteira de habilitação apreendida.
Um aumento criticado pelos motoristas que não vêem a contrapartida nas ruas e estradas do país:
- Nós já pagamos multas demais e as ruas estão esburacadas. Daqui do Centro do Rio até a Tijuca eu passo por mais de 100 buracos - lamenta o motorista de táxi Luiz Geraldo de Paula.
- Eu acho isso um absurdo. As ruas estão cheia de buracos. O governo arrecada dinheiro e não faz nada com ele - completa, revoltado, Dilson de Araújo Rocha.
Fonte: O Globo
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