quarta-feira, 30 de abril de 2008

Descaso e negligência no SAMU pode resultar em mortes

Um verdadeiro descaso está ocorrendo neste momento na administração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, popularmente conhecido como SAMU, criado pelo governo federal, no início da gestão Lula, pelo ex-ministro Humberto Costa (Saúde), com objetivo de atender os casos de urgência e emergência para a população carente.

Em Mato Grosso, especialmente em Cuiabá e Várzea Grande, o que pode se constatar é uma verdadeira negligência, porque o SAMU está deixando os casos graves quando solicitados.

Quando o serviço é solicitado, a Central do SAMU alega, através de seus responsáveis e do médico-regulador, que um determinado caso não merece atenção, sem haver o deslocamento da unidade móvel para o atendimento. Ora por não haver médico, ora por não haver unidades suficientes para os atendimentos.

Enquanto isso, a reportagem do Olhar Direto já flagrou unidades do SAMU paradas em frente a supermercados com a equipe fazendo compras. E até mesmo parando em porta de restaurante para almoçar e enquanto isso a população que necessita desse atendimento fica a deriva.

Em outra ponta, segundo fontes da Secretaria de Segurança Pública, existe a clara intenção dos responsáveis pelo SAMU em denegrir imagem do Corpo de Bombeiros, instituição que é altamente respeitável e que sempre prezou pela agilidade nos atendimentos quando os serviços estavam sob comando da instituição.

"Hoje, o SAMU nem coordenador tem e quem faz o papel é um funcionário da Central de Regulação da Secretaria de Saúde, que, em reuniões naquela pasta, tem deixado muito claro que o Corpo de Bombeiro não tem preparo e nem condições para manter a parceria com o SAMU, o que uma afirmação absurda, pois a corporação é altamente qualificada", disse a fonte ouvida pelo Olhar.

Outra falha grave pode ser observada no serviço de atendimento e a triagem. Enquanto o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), que funciona no prédio da Sejusp, tem um alto nível tecnológico, inclusive com controle estatísticos dos atendimentos e sistema anti-trote, a Central de Regulação do SAMU tem falhas e a incompetência grassa.

"Sem contar que eles (os responsáveis pelo SAMU) não detêm o conhecimento científico e nem a experiência que o CB tem", disparou a mesma fonte.

Já em Rondonópolis, a simbiose entre o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura daquele município e o Ministério da Saúde é mais do que perfeita. Lá, os bombeiros atuam junto com médicos e enfermeiros sem qualquer problema e a central de regulação fica dentro do quartel do Corpo de Bombeiros.

Em Cuiabá e em Várzea Grande, reina a indisciplina e o SAMU prefere caminhar sozinho e de forma sofrível, enfrentando graves problemas, porque prevalece interesses políticos mesquinhos de grupelhos.

Olhar Direto

Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado