A Câmara dos Deputados aprovou uma medida provisória que altera a anterior (MP 415/08), em vigor desde o início do ano e que proibia terminantemente a comercialização nas rodovias. O novo texto, que flexibiliza a venda, ainda deve ser aprovado no Senado.
A liberação parcial desagradou o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). De acordo com o presidente do órgão, Teodoro Moreira Lopes, a medida pode aumentar os índices de violência nas rodovias federais que cortam Mato Grosso. “Nossas BRs já estão em estado precário de conservação, o que, por si só, já trás muitos riscos. Agora, com bebida liberada, mesmo nos trechos urbanos apenas, a tendência, infelizmente, é aumentar o número de acidentes”, avaliou.
No entanto, um comerciante da BR-364, que preferiu não ser identificado, disse que desde que foi anunciada, a medida, efetivamente, não diminuiu o consumo de bebidas alcoólicas nas estradas. Para ele, a proibição demonstra a ineficiência dos órgãos fiscalizadores. “A polícia tem que fiscalizar e punir quem é pego dirigindo embriagado. Infelizmente, hoje, nada acontece com quem é pego em flagrante bêbado ao volante. A impunidade da Justiça brasileira é que sustenta esses criminosos”, defendeu, alegando que nem sempre os consumidores de bebidas alcoólicas são motoristas, mas sim os caronas e passageiros de ônibus.
O caminhoneiro Edson Braga Nunes, de 38 anos, afirmou que não só os caminhoneiros, mas os motoristas de carro de passeio sempre acham um “jeitinho brasileiro” para comprar bebida. Na opinião dele, a fiscalização e a consciência de cada condutor devem ser mais trabalhados.
Do Diário de Cuiabá
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