As construções em superfície, tradicionalmente utilizadas pelas ferrovias no transporte de passageiros e de cargas, são indicadas para regiões de baixa ocupação, vazios urbanos, ou canteiros centrais de avenidas, de acordo com manual de engenharia do setor. Esses requisitos são, na íntegra, obedecidos por Cuiabá e Várzea Grande.
Se usarmos os grandes espaços vazios que nossa cidade apresenta, e os canteiros centrais das avenidas João Ponce de Arruda e FEB (VG); Beira Rio, Prainha e CPA (Cuiabá), dá para ligar o aeroporto à Grande Morada da Serra.
Um projeto que seria ecologicamente correto, pois não implicaria na derrubada de árvores. Economicamente viável, pois não haveria desapropriações, e que poderia ser financiado por instituições internacionais, já que promoveria despoluição do meio ambiente, com menos queima de combustíveis, com a população deixando o carro em casa e usando menos ônibus. Aqui temos como apelo para essas instituições financiadoras, nossos três ecossistemas (Pantanal, Cerrado e Amazônia), sem contar a melhoria no fomento do turismo, já que nossa capital é o portal desses sistemas; isso sem falar do apelo para a Copa do Mundo de 2014, tendo em vista que transporte público de qualidade é um dos requisitos para a definição das sedes. O próprio governador Blairo Maggi comentou sobre isso recentemente. É a grande chance, Cuiabá não pode perder a oportunidade de se modernizar.
As médias e grandes cidades americanas, asiáticas e européias já possuem metrôs assim. No Brasil, São José dos Campos (SP), Maceió (AL) e Florianópolis (SC), cidades de portes similares ao de Cuiabá, já estão com seus metrôs de superfície em fase de planejamento. Na cidade paulista, a obra está orçada em R$ 140 milhões e será financiada pelo BID. Vitória (ES) e Goiânia (GO) também já estão com projetos adiantados para implantação.
O projeto da capital goiana, por exemplo, prevê duas composições com capacidade para 300 pessoas cada, o que equivale a 10 ônibus lotados. Levando-se em conta a agilidade do metrô, é como tirar cerca de 40 ônibus de circulação. O metrô será movido a energia elétrica e terá financiamento do Banco Mundial e da União. A contrapartida da prefeitura de Goiânia será de apenas 5%. Isso sem falar que o investimento pode ser feito totalmente pela iniciativa privada, em regime de concessão.
O metrô de superfície tem custo-benefício compensador, pois possui uma enorme capacidade de transportar pessoas de forma rápida, segura e confortável. Não se trata de delírio megalomaníaco, mas de uma alternativa capaz de mudar a cara e solucionar de vez o problema do trânsito em nossa capital.
Juarez Fiel é diretor de Veículos do Detran de Mato Grosso.
Meu comentário:
Concordo plenamente com o Sr. Juarez. O metrô de superfície é viável e desafogaria muito o trânsito de Cuiabá, com menos automóveis e ônibus pelas avenidas citadas. O projeto é viável e já foi discutido pela atual gestão muncipal. Acredito que falta diálogo e entendimento com geverno estadual e federal, para que o projeto saia do papel. Cuiabá merece!
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