Hoje todos sabem que uma grande questão que atormenta a humanidade são as questões ligadas ao meio ambiente. É uma situação que afeta a todos nós e os veículos despejam no ar atmosférico imensa quantidade de poluentes. E a bicicleta? Ela se movimenta sem necessidade de combustível exceto a força das nossas pernas para que a propulsão seja possível.
Outro ponto. O sedentarismo também está presente no ritmo de vida acelerado que vivemos. O individuo é preso pela cadeia do trabalho e ocupações diárias que pouco tempo sobre para cuidar da atividade física. Então a bicicleta tem essa função também de coadjuvante de exercício físico. Por meio dela, queimamos calorias, fortalecemos a musculatura da perna, ganhamos uma maior capacidade cardio-respiratória. E o que o carro nos dá em termos de condicionamento físico? Talvez, alguma definição nas panturrilhas quando se troca de marchas. Fico assustado quando vejo sair no mercado mais um carro que tem câmbio automático. A bicicleta proporciona uma atividade contemplativa e ao mesmo tempo dinâmica. O corpo todo se movimenta em cima de uma bicicleta. Os sentidos se aguçam, a percepção aumenta. Você pode parar para observar uma paisagem, olhar alguma coisa curiosa na avenida ou até mesmo respirar profundo para descansar na pedalada. E o carro? O que ele proporciona em termos de paisagismos? Nada, quase nada. O carro é como uma sessão de cinema que se olha através do vidro. A vida transcorre e o condutor fica passível diante da sua poltrona. Alguns chegam a escurecer totalmente seus veículos para não serem vistos. A bicleta interage com o meio.
Em termos de engenharia de tráfego, a bicicleta cabe num espaço bastante pequeno. E o carro? Quantas bicicletas caberiam no espaço de uma caminhonete? Arrisco afirmar que no mínimo quatro. Por isso hoje se pensa na bicicleta como um transporte alternativo, uma vez que o engarrafamento é um mal dos grandes centros. A bicicleta teria uma mobilidade maior. Espero que as autoridades que fazem a gestão do trânsito possam pensar mais nesse veiculo tão esquecido. Certamente que não basta apenas a criação de ciclovias na cidade. É preciso mais que isso. De que adiante termos ciclovias, mas que são desrespeitadas por motociclistas?Além disso, os próprios ciclistas não tem visibilidade pública. É um grupo bastante heterogêneo e quando se faz referência a eles é quase sempre de forma estigmatizada.
Se o leitor me achou sonhador. Agradecerei. Sou mesmo. Agora, se o leitor ainda não consegue trocar o carro pela bicicleta como meio de transporte, que a use para ir à esquina da padaria, visitar amigos próximos, ir ao parque. Ou você não se lembra de como foi delicioso descobrir o prazer de pedalar?
Carlos Henrique
Advogado Pós-graduado em Direito Público
Servidor Público
4 comentários:
Como amante da magrela, parabenizo-o pelo excelente artigo.
Olá, estou visitando blogs dos que tem a profissão funcionário público para saber o que estão fazendo.
Gostaria de convidar que visite meu blog e, se gostar, vote no blogstar.
Usei o forma de comentário, pois não encontrei caixa de recados.
Devo dizer que já faz um certo tempo que não ando de bike. Mas vem aquele velho ditado "é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece". Então vamos as pedaladas...
Na nossa sociedade de consumo, o carro assume o 'status' de poder, seja ele implícito ou explito. Muitos brasileiros preferem o carro de que viver de maneira mais natural. Além do mais, a consciência de transporte coletivo é visto como sendo uma alternativa para os "pobres" seja para os cidadões,seja pelos dirigentes políticos, pois a qualidade do transporte é precário e deficiente, estimulando assim os brasileiros a comprarem (endividare com) os carros. Sem contar a consciência ambiental. Se vê pessoas sozinhas em carros que poderiam acomodar/dividir com outras.
Mas, é a sociedade industrial tardia, pois na Europa( França e Inglaterra) cidadões pagam para andar com os seus carros, pois todos sabem que poluem e muitos adotam a bicicleta como meio de transporte.
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